Aspectos Afetivos e o Desempenho Acadêmico de Escolares

Autores

  • Adriana Vilela Jacob
  • Sonia Regina Loureiro
  • Edna Maria Marturano
  • Maria Beatriz M. Linhares
  • Vera Lúcia Sobral Machado

Palavras-chave:

Rendimento acadêmico, Dificuldade de aprendizagem, Técnicas projetivas

Resumo

Objetivou-se caracterizar através do Desenho da Casa-Árvore-Pessoa (HTP) e do Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister (TPC) o funcionamento afetivo de 50 crianças com idade entre 8 e 12 anos, de ambos os sexos, com nível intelectual médio. Elas foram distribuídas em dois grupos de 25 sujeitos, um deles com atraso escolar, e o outro grupo apresentando desempenho escolar satisfatório e idade compatível à série cursada. Observou-se através destas técnicas que o rendimento escolar rebaixado nas crianças do grupo com atraso escolar pareceu relacionado a sentimentos de fracasso e a uma autoimagem depreciativa. No grupo de crianças sem atraso escolar predominou, uma melhor utilização dos recursos intelectuais e afetivos, contudo associado a elevado nível de exigência. O estudo das variáveis afetivas e sua associação ao rendimento escolar puderam favorecer uma compreensão mais aprofundada da maneira como as crianças estão experimentando esta etapa do desenvolvimento

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amaral, F.V. (1978). Pirâmides Coloridas de Pfister. Rio de Janeiro:
Centro de Psicologia Aplicada (CEPA).
American Psychiatric Association. (1989). DSM-HI-R, Manual de
Diagnóstico e Estatística dos Distúrbios Mentais (3a ed.).
(L.H.S. Barbosa, Trad.) São Paulo: Manole.
Bandeira, D.R. & Hutz, CS. (1994). A contribuição dos testes DFH,
Bender e Raven na predição do rendimento escolar na primeira
série. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 70(1), 59-72.
Bardos, A.N. (1993). Human figure drawings: Abusing the abused.
School Psychology Quarterly, 8(3), 177-181.
Borges, L.A.C. & Loureiro, S.R. (1990). O desenho da família como
instrumento de avaliação clínica de um grupo de crianças encaminhadas
para atendimento psicológico. Arquivos Brasileiros
de Psicologia, 42(2), 106-14.
Boruchovitch, E. (1994). As variáveis psicológicas e o processo de
aprendizagem: uma contribuição para a psicologia escolar. Psicologia:
Teoria e Pesquisa, 70(1),129-39.
Burgeimester, B.B.; Blum, L.H. & Lorge, I. (1967). Escala de
Maturidade Mental de Columbia. Manual de Aplicação. São
Paulo: Vetor Editora Psicopedagógica.
Brauer, J.F.O. (1988). O teste das Pirâmides Coloridas de Max
Pfister - uma releitura. Tese de Doutorado, Universidade de
São Paulo, São Paulo.
Campos, D.M.S. (1969). O teste do desenho como instrumento de
diagnóstico da personalidade. Petrópolis: Vozes.
Fabry, J.J. & Bertinetti, J.A. (1990). A construct validation study
of the humam figure drawing test. Perceptual and Motor Skills,
70, 465-66.
Fernandez, A. (1990). A inteligência aprisionada. (I. Rodrigues,
Trad.) Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado
em 1987).
Fernandes, A. (1992, março). Agressividade. Qual o teu papel na aprendizagem?
(E. Tavares, Trad). Trabalho apresentado na II Jornada
de Estudos Pedagógicos, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Feshbach, N.D. & Feshbach, S. (1987). Affective processes and
academic achievement. Child Development, 58, 1335-1347.
Focesi, E. (1990). Educação em saúde na escola. O papel do professor.
Revista Brasileira de Saúde Escolar, 1(2), 5-9.
Gresham, F.M. (1993). What's wrong in this picture?: Response to
Motta et al.'s review of human figure drawings. School Psychology
Quarterly, 8(3), 182-186.
Hall, C.W. & Haws, D. (1989). Depressive symptomatology in
learning-disabled and nonlearning-disabled students. Psychology
in the Schools, 26, 359-364.
Hammer, E.F. (1981). Aplicações clínicas dos desenhos projetivos.
Rio de Janeiro: Interamericana. (Trabalho original publicado
em 1971)
Heiss, R. & Haider, P. (1982). O Teste das Pirâmides de Cores. (L.
Growald, Trad.) São Paulo: Vetor. (Trabalho original publicado
em 1978)
Hutz, CS. &Antoniazzi, A.S. (1995). O desenvolvimento do desenho
da figura humana em crianças de 5 a 15 anos de idade:
normas para avaliação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 8(1), 3-
18.
Justo, H. & Van Kolck, T. (1985). O Teste das Pirâmides de Cores
(2" ed.). São Paulo: Vetor.
Knoff, H.M. (1993). The utility of human figure drawings in personality
and intellectual assessment: Why ask why? School
Psychology Quarterly, 8(3), 191-196.
Kuhn, A.M., Gavança, M.M., Albernaz, P.L.M., Caorilha, H.H. &
Marques, M.I.B. (1983). Do perfil psicológico nas síndromes
labirínticas com exame vestibular normal alterado. Acta Awho,
2, 11-15.
Lindahl, N.Z. (1988). Personalidade humana e cultura: aplicações
educacionais da Teoria de Erik Erikson. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos, 69(163), 492-509.
Loureiro, S.R., Marturano, E.M., Linhares, M.B.M., Machado,
V.L.S. & Silva, S.R. (1994). Crianças com queixa de dificuldade
escolar: avaliação psicológica através de técnica gráfica.
Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, 46(3/4), 161-182.
Luzuriaga, I. (1972). La inteligência contra si mesma. Buenos Aires:
Psique.
Marturano, E.M., Linhares, M.B. & Parreira, V.L.C. (1993). Problemas
emocionais e comportamentais associados a dificuldades
na aprendizagem escolar. Medicina, 26(2), 161-175.
Marturano, E.M., Magna, J.M. & Murtha, P.C. (1993). Procura de
atendimento psicológico para crianças com dificuldades escolares:
um perfil da clientela. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 9(1),
207-26.
McNeish, T.J. & Naglieri, J.A. (1993). Identification of individuals
with serious emotional disturbance using the draw-a-person:
Screening procedure for emotional disturbance. Journal
of Special Education, 27(\), 115-121.
Motta, R.W.; Little, S.G. & Tobin, M.I. (1993). The use and abuse
of human figure drawings. School Psychology Quarterly, 8(3),
162-169.
Naglieri, J.A. (1993). Human figure drawings in perspective. School
Psychology Quarterly, 8(3), 170-176.
Nunes, A.N.A. (1990). Fracasso escolar e desamparo adquirido.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 6(2), 139-154.
Ocampo, M.L.S. & Arzeno, M.E.G. (1981). O processo psicodiagnóstico
e as técnicas projetivas. (M. Felzenszwalb, Trad.) São
Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1979)
Oliveira, M.L.C.L. & Silva, M.T.A. (1990). Educação em saúde:
repensando a formação de professores. Revista Brasileira de
Saúde Escolar, 1(2), 13-19.
Pain, S. (1985). Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem.
Porto Alegre: Artes Médicas.
Pernambuco, M.C.A. (1992). As funções neuropsicológicas e os
distúrbios de aprendizagem. Em B.J.L. Scoz, L.M.C. Barone,
M.C.M. Campos & M.H. Mendes (Orgs.), Psicopedagogia
contextualização, formação e atuação profissional (pp. 68-77).
Porto Alegre: Artes Médicas.
Poppovic, A.M. (1964). Manual da Escala de Inteligência Wechsler
para criança. Rio de Janeiro: CEPA.
Souza, R.M., Duarte, F., Cordeiro, J.A. (1991). Desenvolvimento
afetivo medido pelo teste das pirâmides coloridas de Pfister e
graus de perda auditiva: um estudo exploratório. Estudos de
Psicologia, 8(2), 65-101.
Stavrianos, B.K. (1970). Emotional and organic characteristics in
drawing of deficient readers. Journal of Learning Disabilities,
70,488-501.
Van Kolck, O.L. (1973). O desenho da figura humana no estudo de
problemas específicos. Boletim de Psicologia, 25(65), 151-81.
Van Kolck, O.L. (1984). Testes projetivos gráficos no diagnóstico
psicológico. São Paulo: EPU.
Wagner, R.F. (1980). Human figure drawings of L.D. children.
Academic Therapy, 16, 37-41.
Wechsler, S.M. (1996). O desenho da figura humana: avaliação
do desenvolvimento cognitivo infantil. Campinas: Editorial Psy.
Wisniewski, J.J. & Naglieri, J.A. (1990). Validity of the draw-aperson:
a quantitative scoring system with the WISC-R. Journal
of Psychoeducation Assessment, 7, 346-51.

Downloads

Publicado

2012-09-18

Como Citar

Jacob, A. V., Loureiro, S. R., Marturano, E. M., Linhares, M. B. M., & Machado, V. L. S. (2012). Aspectos Afetivos e o Desempenho Acadêmico de Escolares. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 15(2). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17391

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)