Estrutura Motivacional Dos Valores Humanos

Autores

  • Alvaro Tamayo Universidade de Brasília
  • Shalom H. Schwartz The Hebrew University of Jerusalem

Palavras-chave:

Motivação, Valores, Cultura brasileira

Resumo

A estrutura motivacional dos valores humanos foi estudada a partir dos dados provenientes de duas amostras, uma de estudantes universitários (N = 244) e outra de professores de escola (N = 154). Sessenta valores foram avaliados sendo 56 transculturais e 4 específicos à cultura brasileira. Análises SSA da importância dada pelos sujeitos a cada um dos 60 valores revelaram nove e oito distintos tipos motivacionais de valores na amostra de estudantes e de professores respectivamente, correspondendo com aqueles postulados nas hipóteses. Os interesses servidos pelos valores (individuais vs coletivos) foram também verificados nas duas amostras. Além disso, as relações recíprocas dos tipos motivacionais organizaram-se dinamicamente, de acordo com os patterns de motivação compatível ou contraditória que foram postulados. Finalmente, os quatro valores brasileiros integraram-se na estrutura motivacional, tal como previsto nas hipóteses. É sugerido para futuras investigações o uso de escores para medir a importância de cada um dos tipos motivacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Braithwaite, V.A., & Law, H.G. (1985). Structure of human values: Testing the adequacy
of the Rokeach value survey. Journal of Personality and Social Psychology, 49,
250-263.
Canter, D. (Ed.) (1985). Facet theory: Approaches to social research. New York:
Springer-Verlag.
Chinese Culture Connection (1987). Chinese values and the search of culture-free
dimensions of culture. Journal of Cross-cultural Psychology, 18, 143-164.
Davidson, M. (1983). Multidimensional scalíng. New York: Wiley.
Durkheim, E. (1954). The elementary forms of religious life. Glencoe, II.: Free Press.
Ehrenfels, Ch. (1890).Ueber Gestaltqualitãten. Vierteljahsschrift fúr WissenchaftlicHe
Philosophie, 14, 259-295.
Guttman, L (1968). A general nonmetric technique for finding the smallest coordinate
space for a configuration of points. Psychometrica, 33, 469-506.
Hofstede, G. (1980). Culture's consequences: international differences in work-related
values. Beverly Hills, CA: Sage.
Kluckhohn, C. (1951). Values and value orientations in the theory of action: An
exploration in definition and classification. Em T. Parsons & E. Shils (Eds.),
Toward a general theory of action (pp. 388-433). Cambridge, MA: Harvard
University Press.
Kluckhohn, C. & Strodtbeck, F. L. (1961). Variations in value orientations. Evanston, III.:
Row, Peterson.
Lavelle, L (1951). Traité des valeurs. Vol. 1. Paris: PUF.
Lavelel, L (1955). Traité des valeurs. Vol. 1. Paris: PUF.
Levy, S., & Guttman, L. (1974). Values and attitudes of Israeli high school youth.
Jerusalem: Israel Institute of Applied Social Research.
Lovejoy, A. O. (1950). Terminal and adjectival values. The Journal of Philosophy, 47,
593-608.
Morgan, C. T. (1976). Introductlon à la Psychologie. Montreal: McGraw-Hill.
Munro, D. (1985). A free-format values inventory: Explorations with Zimbabwean
student teachers. South African Journal of Psychology, 15, 33-41.
Piersol, W. La valeur dans la philosophie de Louis Lavelle. Lyon: Editions Vitae.
Platão (1943). Oevres completes. Paris: Pléiade.
Rescher, N. (1969). Introductlon to value theory. Englewood Cliffs, NJ.: Prentice-Hall.
Rokeach, M. (1968/69). The role of values in public opinion research. Public Opinion
Quarterly, 32, 547-559.
Rokeach, M. (1973). The nature of human values. New York: Free Press.
Schwartz, S.H. (no prelo). Universais in the content and structure of values: Theoretical
advances and empirical tests in 20 countries. In M. Zanna (Ed.), Advances in
experimental social psychology (Vol. 25). Orlando, FL: Academic.
Schwartz, S.H., & Bilsky, W. (1987). Toward a universal psychological structure of
human values. Journal of Personality and Social Psychology, 53, 550-562.
Schwartz, S.H., & Bilsky, W. (1990). Toward a theory of the universal content and
structure of values: extensions and cross-cultural replications. Journal of Personality
and Social Psychology, 58, 878-891.
Tamayo, A. (1988) Influência do sexo e da idade sobre o sistema de valores. Arquivos
Brasileiros de Psicologia, 38, 91-104.
Tamayo, A. (no prelo). Os valores do brasileiro. Em J.A. Dela Coleta, M.A. D'Amorim,
A. Tamayo, A. R. De Almeida & A. Rodrigues (Orgs.), Quem é o Brasileiro? Rio
de Janeiro: Editora Revinter.
Triandis, H.C. (1987). Collectivism vs individualism: A reconceptualization of a basic
concept in cross-cultural psychology. Em I.C. Bagley & H.C. Verma (Eds.),
Perso-nality, cognition, and values: Cross-cultural perspectives on childood and
adolescence. London: MacMillan.
Triandis, H.C., Bontempo, R., Víllareal M.J., Asai, M. & Lucca, N. (1988). Individualism
and collectivism: Cross-cultural perspectives on self-ingroup relation. Journal of
Personality and Social Psychology, 54, 323-338.
Williams, R. M. (1968). Values. Em E. Sills (Ed.) International encyclopedia of the social
sciences (pp.283-287). New York: Mcmillan.
Williams, R. M. (1970). Change and stability in values and value system: A sociological
perspective. In M. Rokeach (Ed.), Undestanding human values. (pp. 15-46). New
York: Free Press.

Downloads

Publicado

2013-04-25

Como Citar

Tamayo, A., & H. Schwartz, S. (2013). Estrutura Motivacional Dos Valores Humanos. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 9(2), 329–348. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17222