A MEDIAÇÃO DA LEITURA NOS LIVROS DIDÁTICOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UMA PROPOSTA DE ENSINO
Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos no Campo; Mediação; Estratégias de Leitura; Sequência Didática.Resumo
Esta pesquisa se propõe a investigar como é a mediação da leitura no livro didático selecionado para a Educação de Jovens e Adultos da Educação do Campo, o EJA-Moderna, explora a leitura e as proposições de atividades nele presentes, observando se essas leituras levam em consideração o público-alvo a que se destinam. Para isso realizamos uma pesquisa qualitativa, pautada na perspectiva educacional de FREIRE (2000, 2005); para o estudo da mediação da leitura e de suas estratégias, respaldamo-nos em SOLÉ (1998); KLEIMAN (1999). O enfoque teórico-metodológico adotado baseia-se na pesquisa bibliográfica descrita por THIOLLENT (1986) e na análise crítica dos textos presentes no livro em análise. Delimitamos para tal análise a Coleção EJA-Moderna (2013), obra organizada e distribuída pela Editora Moderna e, para tanto, foi realizado uma pesquisa procurando identificar quais estratégias foram utilizadas para desenvolver habilidades e competências a partir das leituras e das atividades de compreensão leitora nos livros da supracitada coleção. Os resultados obtidos até aqui, demonstraram que as temáticas exploradas pelo texto da obra voltam-se para o aluno adulto urbano, desconsiderando o aluno jovem e do campo. No intuito de preencher algumas lacunas encontradas a partir da análise é que nos propomos a desenvolver, através de sequências didáticas, uma proposta de ensino em Língua Portuguesa que se adéque a alunos da EJA do 9º ano da Educação Básica.
Downloads
Referências
ARROYO, M. Operários e educadores se identificam: que rumos tomará a educação? Educação e Sociedade, São Paulo, v.2, n.5, p.5-23, 2006..
__________. Por Uma Educação do Campo. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
ANTUNES, Irandé. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARBOSA, Maria Lúcia F. F., COUTINHO, Marília L., SILVA, Alexandro - “Quando os alunos não sabem ler... Algumas reflexões sobre a leitura na alfabetização de adultos.” IN: ALBUQUERQUE, E., LEAL, T. A alfabetização de Jovens e Adultos em uma perspectiva de letramento. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
BARCELOS, Valdo.Educação de Jovens e Adultos: currículo e práticas pedagógicas. 3. ed. Rio de Janeiro, 2012
BEISIEGEL, Celso de Rui. Estado e educação popular. São Paulo: Pioneira, 2004.
BITTENCOURT, C. M. F. Em foco: história, produção e análise do livro didático. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ep/v30n3/a07v30n3.pdf Acesso em: 10.02. 2014.
BEZERRA, Maria Auxiliadora, DIONÍSIO, Ângela Paiva. O livro didático de Português ”“ Múltiplos olhares. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. Lucena, 2003.
BRASIL. Lei nº. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Belo Horizonte: Modelo, 1997.
______. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Brasília: Casa Civil, 1971. Disponívelem:<http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1971/5692.htm>. Acesso em: nov. 2011.
______. Ministério da Educação. Educação de jovens e adultos: proposta curricular para o 1º segmento do ensino fundamental. Ação Educativa/MEC. São Paulo/Brasília: MEC, 1997. Disponível em: <http://www.acaoeducativa.org.br/downloads/parte1.pdf>. Acesso em jul. 2014.
CELANI, M. A. A. “Ensino de Línguas estrangeiras: ocupação ou profissão”. In: LEFFA, Vilson (org.) O Professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2000.
_____________. Questões de ética na pesquisa em Lingüística Aplicada. Disponível em http://www.leffa.pro.br/index.html p.101-122.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. 12ª edição. São Paulo: Ática, 2003.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A EDUCAÇÃO DE ADULTOS (V:1997: Hamburgo, Alemanha): Declaração de Hamburgo:agenda para o futuro. Brasília: SESI/UNESCO, 1999.
CUNHA, Conceição Maria da. Introdução ”“ discutindo conceitos básicos. In: SEEDMEC Salto para o futuro ”“ Educação de jovens e adultos. Brasília, 1999.
D”Ÿ AGOSTINI, Liliana Demarchi. As Leis de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil.2000. Disponível em: <http://www.virtual.udesc.br/midiateca/publicacoes/tutor_01.htm>. Acesso em: 10 out. 2011
EJA MODERNA: Educação de Jovens e Adultos / Org.Editora Moderna: Obra Coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna: editor
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. tradução de Moacir Gadotti e Lillian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979
___________. Pedagogia do Oprimido. 13.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983.
___________. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. 4.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996.
__________. A importância do Ato de Ler ”“ em três artigos que se completam. v.13, 33ª ed. São Paulo: CORTEZ, 1997.
____________. Educação Como prática da Liberdade. 23.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1999.
__________. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. 5ª edição. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
__________. Pedagogia da Autonomia ”“ Saberes necessários à prática educativa. 31ª edição. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2005.
FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de Adultos. Relato de uma experiência construtivista. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).