Análise Sócio-Espacial e Conhecimento Etnobotânico em uma Comunidade Quilombola no Sudoeste de Goiás

Autores

  • Jesiel Ziel Silva Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí

DOI:

https://doi.org/10.33240/rba.v5i2.49140

Palavras-chave:

Quilombolas, etnobotânica, resistência, conhecimento tradicional.

Resumo

Os quilombos são os maiores símbolos de resistência frente ao sistema escravocrata que perdurou no território brasileiro por muitos anos. Espalhados por todo o território brasileiro estas comunidades criaram estratégias de sobrevivência frente ao modelo fundiário concentrador e conservador e lutam principalmente para terem seus territórios reconhecidos e respeitados. Neste contexto a comunidade do Cedro, no sudoeste de Goiás, é constituída de descendentes de escravos que se reconhecemc omo portadores de uma identidade baseada na mesma origem e numa cultura comum distinta dos demais grupos circunvizinhos. Esse trabalho busca mostrar deque forma essa comunidade se estabeleceu espacialmente em um território onde há predominância de monocultura latifundiária e de que forma o conhecimento etnobotânico se configura nesse território. Foram analisados dados de 25 unidades familiares, referentes à moradia, modo de vida, formação sócio-espacial, saúde, educação, valores, cultura, atitudes, opiniões dos sujeitos entrevistados e conhecimento tradicional referente ao uso de plantas medicinais, sendo citadas 94 espécies vegetais utilizadas para fins medicinais, sendo as folhas a parte predominante nas medicações. Essa comunidade mantém práticas centenárias trazidas pelos seus ancestrais. Uma das causas da intensa relação entre essa mesma comunidade e o meio em que está inserida é o fornecimento de inúmeros recursos que a natureza dispõe a ela e que são fundamentais para a sua sobrevivência e reprodução

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Publicado

2010-11-26

Edição

Seção

Resumos de Dissertações e Teses