Redes alimentares alternativas na metrópole de São Paulo: movimentos de proximidade entre agricultores e consumidores em tempos de pandemia
Movimentos de proximidade entre agricultores e consumidores em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v19i3.54617Palavras-chave:
Alimentos orgânicos, circuitos curtos, sistemas alimentares, proximidade relacionalResumo
O crescimento significativo de iniciativas em redes alimentares alternativas tem gerado novas relações de produção, distribuição e consumo. Com a pandemia da Covid-19, evidenciou-se a urgência da transformação dos sistemas agroalimentares em prol de práticas mais sustentáveis. O presente artigo apresenta uma análise das mudanças qualitativas na relação de proximidade e nos valores compartilhados entre agricultores e consumidores em redes de alimentos orgânicos da cidade de São Paulo. Foram conduzidas revisão de literatura e pesquisa de campo, a qual incluiu entrevistas semiestruturadas com agricultores de uma cooperativa de orgânicos e questionários estruturados com duas redes de consumo responsável. A comercialização dos orgânicos foi impactada pontualmente nos meses mais críticos da Covid-19, entretanto, esse período trouxe inovações nas formas de escoar a produção e de estar em contato com os consumidores. Se por um lado a pandemia limitou a proximidade física nas redes alimentares alternativas, por outro, gerou uma maior conscientização sobre a importância da alimentação saudável, e sua inter-relação com a agroecologia e a saúde humana, animal e ambiental.
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