Patrimonialização e afirmação cultural no distrito de Olhos d’Água, Goiás, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v1i1.7121Palavras-chave:
Feira do Troca, Olhos d’Água, Patrimônio material e imaterialResumo
Em 1960, o distrito de Olhos d’Água, no estado de Goiás (Brasil), perdeu a condição de Sede política para a recém-construída Alexânia, às margens da rodovia BR 060 de sua econômica e esvaziamento demográfico. Porém, a partir de 1974, por meio da Feira do Troca, Olhos d’Água conseguiu projetar-se como resistência cultural no contexto estadual. Tanto a Feira, que é considerada patrimônio imaterial local, quanto o povoado têm sido inseridos no turismo municipal e estadual por meio de um processo de patrimonialização resultante de lógicas locais de comércio, consumo e circulação que são produtos da nova dinâmica econômica global. A Feira, o sítio histórico, a produção artesanal e o modo de vida da comunidade são singularidades que atraem cada vez mais um número maior de visitantes. A pesquisa indicou que há um processo de turistificação em curso que coloca em discussão tanto a necessidade de fortalecimento local, quanto a de conservação do conjunto arquitetônico local.
Downloads
Referências
Abdallah, A. (2015). Alexânia: a cidade dos meus sonhos. Alexânia, Goiás, Brasil: Gráfica e Arte.
Angrosino, M. (2009). Etnografia e observação participante. Porto Alegre, Brasil: Artmed.
Arjona, Marta. (1986). Patrimonio Cultural e Identidad. La Habana, Cuba: Editorial Letras Cubanas.
Araújo Sobrinho, F. L. (2008). Turismo e dinâmica territorial no eixo Brasília-Goiânia. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Uberlândia/UFU. Uberlândia.
Castells, M. (2000). A sociedade em rede ”“ a era da Informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo, Brasil: Paz e Terra.
Castilho, D. (2009). Modernização territorial e redes técnicas em Goiás. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Goiás/UFG. Goiânia.
Castriota, L. B. (2009). Patrimônio cultural: conceitos, políticas, instrumentos. São Paulo, Brasil: Annablume.
Claval, Paul. (2008). Uma, ou algumas, abordagem(ns) cultural(is) na geografia humana. In: Serpa, A. (org.). Espaços culturais: vivências, imaginações e representações. Salvador, Brasil: EDUFBA.
Costa, E. B. (2010). A dialética da construção destrutiva na consagração do patrimônio mundial. São Paulo, Brasil: Humanitas/FAPESP.
Costa, E. B. (2015). Cidades da patrimonialização global: simultaneidade totalidade urbana ”“ totalidade mundo. São Paulo, Brasil: Humanitas/FAPESP.
Haesbaert, R. (2004) O mito da desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialidade. Rio de Janeiro, Brasil: Bertrand Brasil.
Mohen, J. P. (1999). Les sciences du patrimoine: identifier, conserver, ressaurer. Paris, França: Éditions Odili Jacob.
Lima, L. N. M. (2014, 10/11). A apropriação da cultura pelo turismo, a revalorização e a ressignificação das identidades culturais. GEOgraphia, UFF. Recuperado de http://www.uff.br/geographia/ojs/index.php/geographia/article/view/387/306
Lima, L. N. M. (2014, 12/11). O turismo, a reinvenção e a espetacularização na Procissão do Fogaréu da Cidade de Goiás (GO). Revista Brasileira de Ecoturismo. Recuperado de http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/article/view/390
Pelegrini, S. C. A. (2009). Patrimônio Cultural: consciência e preservação. São Paulo, Brasil: Brasiliense.
Sant’Anna, M. (2010). A cidade-atração: patrimonio e valorização de áreas centrais no Brasil dos anos 90. Cadernos PPG-AU/UFBA.
Santos, M. (2004). A natureza do espaço. São Paulo, Brasil: Hucitec.
Silva, E. A., & Araújo Sobrinho, F. L. (2015). A Escala Local como Objeto de Análise Geográfica: a influência do eixo Brasília-Goiânia na dinâmica territorial de Alexânia ”“ Goiás ”“ Brasil. In: II Congresso Internacional SETED-ANTE: Seminario Estado, Territorio e Desenvolvimento. O Goberno dos Territorios (pp. 1351-1362). Santiago de Compostela, Espanha. Universidade de Santiago de Compostela/USC.
Silva, E. A. (2016,10/10). A Feira do Troca na comunidade de Olhos d’Água (GO): da afirmação cultural a apropriação pelo turismo. Revista Brasileira de Ecoturismo. Recuperado de http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/article/view/946
Silva, E. A. (2017) A reconfiguração territorial de Alexânia (Goiás) a partir do eixo Brasília-Goiânia. (Tese de doutorado). Universidade de Brasília/UnB. Brasília.
Sites Acessados
Portal de Olhos d’Água. (2014, 15/09). Recuperado de http://olhodogoias.blogspot.com.br/2009/02/primeira-casa.html
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural. (2017, 18/05). Recuperado de http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Fortaleza%201997.pdf
Prefeitura de Alexânia. (2016, 13/01). Recuperado de http://www.alexania.go.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. (2016, 14/02). População e Indicadores Sociais. Recuperado de http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=520030
Instituto Mauro Borges, IMB. (2015, 02 de abril). PIB Trimestral do Estado de Goiás: 4º trimestre ”“ 2014. Recuperado de http://www.imb.go.gov.br/pub/pib/pibgotrimestral/pibgo4tri2014.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 PatryTer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Informamos que a Revista Patryter está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDer
Autores que publicam na Revista PatryTer concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDer
- A contribuição é original e inédita, não está sendo avaliada para publicação por outra revista. Quando da submissão do artigo, os(as) autores(as) devem anexar como documento suplementar uma Carta dirigida ao Editor da PatryTer, indicando os méritos acadêmicos do trabalho submetido [relevância, originalidade e origem do artigo, ou seja, oriundo de que tipo de investigação]. Essa carta deve ser assinada por todos(as) os(as) autores(as).
- Autores cedem os direitos de autor do trabalho que ora apresentam à apreciação do Conselho Editorial da Revista PatryTer, que poderá veicular o artigo na Revista PatryTer e em bases de dados públicas e privadas, no Brasil e no exterior.
- Autores declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição que ora submetem ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores declaram que não há conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade dos trabalhos científico apresentados ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não- exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).