Auguste de Saint-Hilaire e os territórios de exceção (Minas Gerais, 1816-1817)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/patryter.v3i6.27958

Palavras-chave:

Saint-Hilaire. territórios de exceção. geografia histórica. viajantes. século XIX.

Resumo

Este artigo busca identificar, no discurso do viajante francês Auguste de Saint-Hilaire, a representação de “territórios de exceção” durante a sua estadia no Brasil. Apesar do botânico ter viajado pelas terras brasileiras entre 1816 e 1822, este artigo se debruçará sobre o primeiro tomo da sua obra Voyages dans l'intérieur du Brésil, que relata as suas experiências entre os anos de 1816 e 1817, na então Cidade do Rio de Janeiro e na Província de Minas Gerais. Um método geohistórico foi utilizado para identificar, no texto, as características que o território brasileiro apresentava para o viajante e, também, a maneira pela qual ele percebia as populações indígenas com as quais entrou em contato. Técnicas em bancos de dados e em cartografia digital foram empregadas, assim como uma análise de mapas de época, resultando em uma investigação multidisciplinar e crítica que visa desdobrar a fonte primária.

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Biografia do Autor

Vinicius Sodre Maluly, Escola de Autos Estudos em Ciëncias Sociais, Paris

Mestre em Geografia pela UnB. Doutorando em Geografía pela EHESS, Paris.

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Publicado

01-09-2020

Como Citar

Maluly, V. S. (2020). Auguste de Saint-Hilaire e os territórios de exceção (Minas Gerais, 1816-1817). PatryTer, 3(6), 266–280. https://doi.org/10.26512/patryter.v3i6.27958

Edição

Seção

Geografias e territórios entrelaçados - Gecipa