Patrimonialização e circuitos espaciais produtivos do Museu do Amanha, Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.25518

Palavras-chave:

Espaço. patrimonialização. patrimônio cultural. circuito espacial produtivo. Museu do Amanhã.

Resumo

Em tempos de globalização, o artigo propõe a aplicação do conceito de circuitos espaciais produtivos como procedimento metodológico para a análise da patrimonialização no mundo contemporâneo. O contexto em discussão envolve inter-relações dos projetos de reestruturação urbana com bens patrimoniais e, como estratégia de city marketing, políticas de patrimonialização que se valem da proliferação de equipamentos culturais, tombados ou não, para participar ativamente da indústria cultural globalizada. Por meio de pesquisa visando identificar os circuitos espaciais produtivos envolvidos na construção e operação do Museu do Amanhã, o estudo compreende a espacialização dos agentes envolvidos nessas atividades, bem como o papel desempenhado por organizações nacionais e internacionais responsáveis pela produção desse novo ícone da paisagem e do imaginário carioca.

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Biografia do Autor

Laura De Bona, Pontifícia Universidad Católica de Campinas, PUC.

Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela PUC - Campinas, SP.

Manoel Lemes Silva Neto, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, PUC.

Professor doutor da PUC-Campinas, SP.

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Publicado

01-03-2020

Como Citar

De Bona, L., & Silva Neto, M. L. (2020). Patrimonialização e circuitos espaciais produtivos do Museu do Amanha, Rio de Janeiro. PatryTer, 3(5), 98–112. https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.25518

Edição

Seção

Artigos