A paisagem da Baía de Guanabara através do filme Luz Del Fuego
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n24.2019.15Palabras clave:
Baía de Guanabara, Luz del Fuego, narrativa feminina, representaçãoResumen
O trabalho discute a paisagem da Baía de Guanabara a partir do filme Luz del Fuego (1982), de David Neves. Partindo da compreensão que a Baía conforma um espaço de memória coletiva que não se dá apenas no tempo passado, mas também no tempo presente, buscamos compreender a atual relação da população fluminense com a Baía. Denis Cosgrove (1989) nos auxilia, identificando múltiplos tipos de paisagens simbólicas, dentro delas: paisagem da cultura dominante e paisagem alternativa. O filme analisado narra a história da dançarina Dora Vivacqua, importante mulher para a libertação feminina no Rio de Janeiro. E possui um olhar particular sobre a Baía, moradia e cenário da morte da protagonista. Durante a narrativa fílmica é necessário olhar não apenas sobre a ótica da paisagem da cultura dominante, mas também sobre a paisagem alternativa, descrita por Cosgrove, como também um problema de gênero, onde muitas vezes existe o apagamento de narrativas femininas. As mulheres fazem parte da cultura excluída da paisagem pública, já que o uso da paisagem pela mulher por muito tempo se deu pela paisagem doméstica. O que Luz del Fuego rompe drasticamente, dando um uso inesperado para uma ilha da Baía de Guanabara na década de 1960.
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