Acessibilidade em edifícios de múltiplos usos mediada pela ergonomia
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n21.2018.05Palavras-chave:
Acessibilidade, Ergonomia, Edifícios Múltiplos Usos, Normas Brasileiras, Inclusão SocialResumo
Edifícios de múltiplos usos é um dos principais produtos do mercado imobiliário e, à medida que se multiplicam, nem sempre consideram as necessidades reais das pessoas com mobilidade reduzida - PMR. O presente estudo analisa a acessibilidade de dois edifícios visando identificar os problemas decorrentes das inadequações dos edifícios de múltiplos usos relacionados à acessibilidade à luz da NBR 9050. Para tanto, agrega conceitos de ergonomia como suporte visando avaliar se os critérios adotados desde o projeto arquitetônico asseguravam as necessidades e limitações do usuário, bem como seu conforto durante o deslocamento. O método foi composto por um conjunto de etapas com objetivos distintos: - Analisar as plantas dos edifícios e as características dos usuários PMR; - Simular graficamente na planta as possibilidades de circulação/obstrução; - Validar por meio de visita guiada, identificando as dificuldades e estratégias do usuário nos diferentes percursos. A metodologia adotada tem como pressupostos à análise da situação real e à participação do usuário no processo. Os resultados apontam barreiras em acessos importantes e mesmo quando os padrões normativos são contemplados, nem sempre o conforto é assegurado. Malgrado, a fragilidade dos dados, o estudo propõe uma reflexão sobre o papel das normativas, apontando sobretudo seus limites.
Downloads
Referências
ABRAHÃO, Júlia; SZNELWAR, Laerte; SILVINO, Alexandre; SARMET, Maurício; PINHO, Diana. Introdução à Ergonomia da prática à teoria. São Paulo: Blucher, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: 2004. 105p.
”“”“”“”“”“”“ NBR 13994: Elevadores de passageiros ”“ elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência. Rio de Janeiro: 2000. 15p.
BÉGUIN, P. (2007a). O ergonomista, ator da concepção. Em P. Falzon (Ed.), Ergonomia (pp. 34-63). Rio de Janeiro: Y. H. Lucerna Ltda. (Trabalho original publicado em 1997).
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988. Brasília: Senado, 2006. 54p. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao. Acesso em 30.06.2014
______. Legislação. Lei n°10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm. Acesso em 30.06.2014
______. Legislação. Decreto n°9.296, de 01 de março de 2018. Regulamenta o art. 45 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Estatuto da Pessoa com Deficiência.
BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Censo Demográfico 2010. 2012. Disponível em <http://censo2010.ibge.gov.br/> Acesso em 13 dez 2012.
DANIELLOU, F., & Béguin, P. (2007). Metodologia da ação ergonômica: Abordagens do trabalho real. Em P. Falzon (Ed.), Ergonomia (pp. 281-301). São Paulo: Blücher. (Trabalho original publicado em 2004).
DARSES, F., & REUZEAU, F. (2007). Participação dos usuários na concepção dos sistemas e dispositivos de trabalho. Em P. Falzon (Ed.), Ergonomia (pp. 343-356). São Paulo: Blücher. (Trabalho original publicado em 2004).
FERREIRA, Luís Oscar. Mobilidade e Acessibilidade ”“ Uma Via para a Reabilitação Arquitetônica e Urbanística. Reabilita Unb, 2014.
GUÉRIN, F., Laville, A., Daniellou, F., Duraffourg, J., &Kerguelen, A. (2001). Compreender o trabalho para transformá-lo: A prática da ergonomia [Comprendreletravailpourletransformer, la pratique de l”Ÿergonomie]. (G. M. J. Ingratta, & M. Maffei, Trads.). São Paulo: Blücher. (Trabalho original publicado em 1977).
HUBAULT, F. Ergonomia e condução de projeto arquitetônico. Em Abrahão. J et all, Cadernos de TTO, n.3: trabalho, tecnologia e organização (pp.51-103). São Paulo: Blucher, 2012.
LAUTIER, F. (2007). O ergonomista nos projetos arquitetônicos. Em P. Falzon (Ed.), Ergonomia (pp. 357-369). São Paulo: Blücher. (Trabalho original publicado em 1999).
LEDOUX, E. Projetsarchitecturauxdanslesecteursanitaire et social. Du bâtimentauprojet: lacontributiondesergonomes à l’instructiondeschoix. Bordeaux: Université Victor-Segalen, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).