A gramática sociopolítica do gigante acordado: desenhos de agência e potência em junho de 2013

Autores

Palavras-chave:

Jornadas de Junho, Espaço, Insurgência, Mobilização social, Citadinidade

Resumo

Mobilizações sociais supõem exercícios insurgentes que se processam por meio de práticas e gestuais sociopolíticos, cujos contornos e circuitos de agência e potência viabilizam sua (re)produção, entendidos aqui como gramáticas sociopolíticas. Na gramática está o exercício protocolar insurgente, em tramas e sinais que reforçam os laços e sua pujança interpeladora de sujeitos, instituições e adversários. Investiga-se aqui a gramática das Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, elucidando os aspectos constitutivos que as designaram e que, uma década após seu fim, ainda disputam interpretações político-acadêmicas. Sob o subsídio de fontes jornalísticas impressas e do Twitter, recupera-se o acontecimento político, midiático e espacial do movimento em suas performances e coreografias insurgentes.

Biografia do Autor

Gustavo Souza Santos, Centro Universitário FIPMoc, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil

Doutor em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Professor das faculdades de Comunicação Social e de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Pesquisador associado do Núcleo Citadino (PPGDS/Unimontes).

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Publicado

29.07.2024

Como Citar

SANTOS, Gustavo Souza. A gramática sociopolítica do gigante acordado: desenhos de agência e potência em junho de 2013. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, 2024. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/48642. Acesso em: 31 jul. 2024.

Edição

Seção

Em Defesa da Pesquisa

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