Luchas de clase en América Latina
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistainsurgncia.v9i1.46128Palabras clave:
América Latina, Luchas de Clase, Naturaleza, Pueblos tradicionales, CampesinosResumen
El capitalismo periférico, colonial y dependiente de América Latina genera una contradicción con pueblos y grupos colectivos en la búsqueda de transformar las tierras ocupadas en mercancía que sirva de medio de producción. Para ello destruye las culturas, las organizaciones sociales y el modo de vida de los pueblos y la naturaleza. La destrucción de la naturaleza es intrínseca al capitalismo y la destrucción de las culturas la marca del colonialismo capitalista. El objetivo principal del trabajo es demostrar que ese proceso, en el siglo XX, propició una nueva forma de lucha de clases que ha puesto en jaque al sistema propietario individual de tierras y al capitalismo como su garante. Son objetivos secundarios demostrar que históricamente la lucha de clases en el mundo colonial esclavista fue diferente de la lucha de clases en otros continentes. Del lado de los pueblos también forma parte de esa lucha el mantenimiento de la naturaleza en contradicción con el capitalismo central. Otro objetivo secundario es demostrar que los campesinos integran esa lucha de clases en la defensa de la naturaleza y protección de la tierra como dominio colectivo. Ese conjunto tuvo como argamasa la conciencia de la contradicción cultural y natural obtenida en el siglo XX. El estudio se basará en la investigación doctrinal y teórica. La conclusión a la que se ha llegado es que efectivamente los pueblos, los campesinos y la naturaleza integran esa lucha de clase latinoamericana. Con seguridad la situación de la naturaleza no es de actor en la lucha de clase, pero objeto de la disputa. La naturaleza es la tierra que provee las necesidades de los pueblos y de los campesinos y que no puede ser reducida a la propiedad privada y mercancía.
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