Among stories and Histories

police report as a technique for framing rape and sex assault crimes

Authors

  • Larissa Nadai Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.26512/insurgncia.v3i1.19406

Keywords:

Women’s Defense Bureau. Police. Rape. Police reports. Criminal law

Abstract

The objective of this article is to highlight the framing techniques by which cases of rape and sexual assault are registered in the Women’s Defense Bureau in Campinas, between the years of 2004 and 2005. Taking into account the legal “schema” that guides the production of police reports, I try to give emphasis to the grammar and narrative that are put into use by this corporation during the act of making
these documents. That is, its function of reporting a crime. I consider the scene taking place in the front part of this corporation, and try to highlight the dilemmas these professionals face regarding the service provided: the speed required for the work performed in contrast to the listening practices idealized in this type of specialized police station.

Author Biography

Larissa Nadai, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

References

ANDRADE, Fabiana de. Fios para trançar, jogos para armar: o “fazer” policial nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. Programa de Pós Graduação (mestrado) em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, 2012.
ARDAILLON, Danielle; DEBERT, Guita Grin. Quando a vítima é mulher. Brasília: Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, 1987.
BARROS, Flavio Augusto Monteiro de. Crimes contra a pessoa. São Paulo: Saraiva, 1997.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: lei 8.069 de 13 de julho de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm. Acesso em: 15/07/2017.
BRASIL. Código Penal Brasileiro: Decreto-Lei nº 2848 de 07 de dezembro de 1940. 4a. ed. São Paulo/SP: Saraiva, 1998.
BRASIL. Lei nº 11.106 de 28 de março de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11106.htm. Acesso em: 13/07/2017.
BRASIL. Lei nº 12.015 de 07 de agosto de 2009. Diponível em: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818585/lei-12015-09. Acesso em 10/07/2017.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
________. “Gender Regulation”. In: Butler, Judith. Undoing Gender. New York: Routledge. 2004.
¬¬________. Marcos de Guerra: lãs vidas lloradas, Buenos Aires: Paidós, 2010.
CERNICCHIARO, Luiz Vicente. Dicionário de Direito Penal. São Paulo: Bushatsky, Brasília: EUB, 1974.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: Teoria geral do direito civil, volume 1, 24ed.. São Paulo: Saraiva, 2007.
FERREIRA, Letícia Carvalho de Mesquita. “Apenas preencher papéis”: reflexões sobre registros policiais de desaparecimento de pessoa e outros documentos. In: Mana [online], v.19, n.1, 2013, pp. 39-68.
_________. Pessoas desaparecidas: uma etnografia para muitas ausências. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2015.
FOUCAULT, Michel. A ordem do Discurso. Aula Inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de Dezembro de 1970. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
___________. Os anormais: Curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo: Martins Fontes, 2001.
__________. Em Defesa da Sociedade: Curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 2005.
___________. Ditos e Escritos: Ética, Sexualidade, Política. (volume V), Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
GREGORI, Maria Filomena. Viração: experiência de meninos nas ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
_________. Prazeres perigosos. Erotismo, gênero e limites da sexualidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
HULL, Matthew. “Documents and Bureaucracy”. In: Annual Review of Anthropology. Volume 41, 2012.
LOWENKRON, Laura. “Consentimento e vulnerabilidade: alguns cruzamentos entre o abuso sexual infantil e o tráfico de pessoas para fim de exploração sexual”. In: Cadernos Pagu [online], n.45, 2015, p. 225-258.
LOWENKRON, Laura; FERREIRA, Letícia Carvalho de Mesquita. “Anthropological perspectives on documents: Ethnographic dialogues on the trail of police papers”. In: Vibrant ”“ Virtual Brazilian Anthropology, Brasília, ABA, v. 11, n. 2, July-December, 2014, p.75-111.
LUGONES, Maria Gabriela. Obrando en autos, obrando en vidas: formas y fórmulas de Protección Judicial em los tribunales Prevencionales de Menores de Córdoba, Argentina, a comienzos del siglo XXI. Rio de Janeiro: E-Papers, 2012.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Norma Técnica de Padronização: Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMS). Brasília, 2006.
MACHADO, Lia Zanotta. “Sexo, estupro e purificação”. In: SUÁREZ, Mireya, Lourdes Bandeira (orgs.). Violência, gênero e crime no Distrito Federal. Brasília: Paralelo 15, Editora da Universidade de Brasília, 1999.
__________. “Masculinidades e violências: gênero e mal-estar na sociedade contemporânea”. In: SCHPUN, Mônica (org). Masculinidades. São Paulo ”“ Santa Cruz do Sul: Boitempo Editorial ”“ Edunisc, 2004.
MOLINA, Victor Matheus. O tratamento jurídico penal do estupro. Bacharel em Direito (monografia) pela Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo. Presidente Prudente, 2008.
NADAI, Larissa. “Por entre cômodos e frestas pelas quais ninguém vê: sobre maridos, pais de família e formas de narrar da polícia”. In: Kant de Lima, Roberto; Eilbaum, Lucía e Medeiros, Flavia (orgs.). "Casos de repercussão": perspectivas antropológicas sobre rotinas burocráticas e moralidades. Rio de Janeiro: Editora Consequência, 2017.
_______. “Entre estupros e convenções narrativas: os Cartórios Policiais e seus papéis numa Delegacia de Defesa da Mulher (DDM)”. Horizontes Antropológicos, ano 22, n. 46, Porto Alegre, ago/dez, 2016, pp. 66-96
_______. Descrever crimes, Decifrar convenções narrativas: uma etnografia entre documentos oficiais da Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas em casos de estupro e atentado violento ao pudor. Programa de Pós-Graduação (mestrado) em Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, 2012.
NADAI, Larissa; ANDRADE, Fabiana de. “Entre quatro paredes: as narrativas policiais sobre crimes de estupro envolvendo relações de conjugalidade e família”. In: Seminário do Programa de Pós-Graduação em Sociologia ”“ UFSCAR, São Carlos: Departamento de Sociologia/UFSCar, 2011.
NADAI, Larissa; VEIGA, Cilmara. “Um fazer falar de pedaços de carne: comparações entre laudos periciais em casos seriais produzidos pelo Instituto Médico Legal de Campinas e Juiz de Fora”. Apresentação no 38º Encontro Nacional da ANPOCS. Caxambu, Minas Gerais. 2014.
OLIVEIRA, Amanda Marques de. A feminização da velhice e a invisibilidade da violência contra o idoso. Um estudo sobre o atendimento de velhos nas delegacias de polícia. Programa de Pós-Graduação (mestrado) em Antropologia Social pela Universidade de Campinas - Unicamp, 2008.
OLIVEIRA, Marcella Beraldo de. Crime invisível: mudança de significados da violência de gênero no Juizado Especial Criminal. Programa de Pós-Graduação (mestrado) em Antropologia Social pela Universidade de Campinas - Unicamp, 2006.
PEREIRA, Débora da Costa. O estupro simples como crime hediondo. Bacharel em Direito (monografia) pela Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo. Presidente Prudente, 2006.
REED, Adam. “Documents Unfolding”. In: Riles, Anelise (editor). Documents: artifacts of modern knowledge. Michigan: University ok Michigan Press, 2006.
RILES, Anelise. “Introduction: In Response”. In: Riles, Anelise (editor). Documents: artifacts of modern knowledge. Michigan: University ok Michigan Press, 2006.
SZNICK, Valdir. Crimes sexuais violentos. São Paulo: Ícone, 1992.
SEGATO, Rita Laura. “A estrutura de gênero e a injunção do estupro”. In: SUÁREZ, Mireya, Lourdes Bandeira (orgs.). Violência, gênero e crime no Distrito Federal. Brasília: Paralelo 15, Editora da Universidade de Brasília, 1999.
SOUZA E LIMA, Antonio Carlos. “Sobre gestar e gerir a desigualdade: pontos de investigação e diálogo”. In: SOUZA E LIMA, Antonio Carlos. (org.) Gestar e Gerir: Estudos para Uma Antropologia da Administração Pública no Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.
TAQUARY, Eneida Orbage de Brito; LIMA, Arnaldo Siqueira de. Temas de Direito Penal e Direito Processual Penal, 3ª Ed. Brasília: Brasília Jurídica, 2005.
VARGAS, Joana Domingues. Crimes Sexuais e Sistema de Justiça: São Paulo: IBCCRIM, 2000.
VIANNA, Adriana de Resende Barreto. Limites da menoridade: tutela, família e autoridade em julgamento. Programa de Pós-Graduação (doutorado) em Antropologia Social do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2002.
_________. “Etnografando documentos: uma antropóloga em meio a processos judiciais”. In: Castilho, Sérgio Ricardo Rodrigues; Souza e Lima, Antônio Carlos de; Teixeira, Carla Costa. Antropologia das Práticas de Poder: reflexões etnográficas entre burocratas, elites e corporações. Rio de Janeiro: Contra Capa; Faperj, 2014.
VIANNA, Adriana de Resende Barreto; LACERDA, Paula. Direitos e políticas sexuais no Brasil: mapeamento e Diagnóstico. Rio de Janeiro: CEPESC, 2004.
WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora JC, 1982.
_______. Economia e Sociedade. Volume I. Brasília: Editora UNB/Imprensa Oficial, 2000.
WAGNER, Roy. A invenção da Cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

Published

14.03.2018

How to Cite

NADAI, Larissa. Among stories and Histories: police report as a technique for framing rape and sex assault crimes. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgence: rights and social movements journal], Brasília, v. 3, n. 1, p. 343–381, 2018. DOI: 10.26512/insurgncia.v3i1.19406. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19406. Acesso em: 19 may. 2024.

Similar Articles

<< < 1 2 3 4 5 6 7 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.