A alterização da mulher no projeto nacional irlandês
DOI:
https://doi.org/10.26512/hh.v3i6.10912Palavras-chave:
Irlanda, Projeto Nacional, Mulheres, AlterizaçãoResumo
O anticolonialismo irlandês pautou-se na maximização de fronteiras de gênero com vistas a acentuar a hombridade dos homens gaélicos em face de sua feminização pelo colonialismo inglês, que se legitimava pela atribuição de gênero ao vínculo entre Inglaterra e Irlanda ao inscrever o império no registro masculino e a colônia no feminino. Mediante pesquisa em fontes primárias, investigamos as implicações dessa contra-estratégia na representação de mulheres subversivas que desafiavam uma matriz de gênero dual em que a masculinidade se definia em relação oposicional e complementar com a feminilidade. Tanto as feministas, que antepunham sua agenda ao nacionalismo, quanto as republicanas, que defendiam a nação antes com o rifle do que com o rosário, eram “alterizadas” pela intelligentsia nacionalista como aberrações de gênero por meio de descrições caricaturais que mal escamoteavam o temor de sua transgressão desestabilizar as balizas de gênero que sustentavam o projeto de remasculinização nacional.
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