Tempo, Crise, Catástrofe – Em Defesa da Pluralidade na Pesquisa Filosófica
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v9i3.42993Palavras-chave:
Ricœur. Adorno. Psicanálise. Autonomia. Razão.Resumo
A confrontação da filosofia com outras formas de saber não é novidade. Desde sua instauração como discurso específico em Platão, a assim chamada “filosofia” tenta se definir em confronto com outros discursos em vigor na cidade. Podemos dizer que a história da filosofia não se exaure na história de suas doutrinas e de seus sistemas, isto é, não pode ser minimamente entendida sem levar em consideração o embate da filosofia com outras figuras de saber, sendo que ambas, filosofia e outras formas de saber, reagem à constelação histórica mais ampla na qual se inscrevem e que, ao mesmo tempo, em parte provocam. Neste artigo, são examinados dois exemplos contemporâneos da confrontação entre filosofia e ciências humanas: os pensamentos de Paul Ricœur e de Theodor Adorno, e, mais precisamente, as transformações que seus pensamentos sofreram pela confrontação com o pensamento de Freud. Ambos os autores enfrentaram, cada qual a seu modo, uma exigência que permanece a de nosso tempo: a filosofia pode e deve lutar contra o mal; não pode nem o ignorar, nem ter a pretensão de dissolvê-lo numa argumentação capciosa.
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Referências
ADORNO, T. W. “Educação após Auschwitz”. In: Palavras e Sinais. Tradução de Maria Helena Ruschel. Petrópolis: Vozes, 1995.
ADORNO, T. W., HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento. Tradução de Guido de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.
RICŒUR, P. De l’interprétation – essai sur Freud. Paris: Seuil. 1965.
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