Por uma genealogia da biopolítica
DOI :
https://doi.org/10.26512/rfmc.v12i1.52557Mots-clés :
Vida; Norma; Biopolítica; Canguilhem; Foucault.Résumé
Este artigo pretende lançar luz sobre a noção de biopolítica a partir sobretudo do tratamento conferido ao tema por Maria Muhle em sua tese de doutorado, que se intitula Eine Genealogie der Biopolitik – Zum Begriff des Lebens bei Foucault und Canguilhem (2008). Muhle evidencia uma articulação possível entre o conceito de vida em Canguilhem e Foucault por meio da qual se revela um deslocamento crucial para uma interpretação precisa do conceito de biopolítica. A passagem das técnicas disciplinares àquelas biopolíticas não deve ser compreendida teleologicamente, aponta antes para os deslocamentos genealógicos no interior das modalidades de poder e entre elas, os quais elucidam a relação indissolúvel entre poder e vida, que não conduz à dissolução de um ou outro, mas sim à sua inescapável imbricação.
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