Do Vazio do “Meinen” (Ter em Mente) ao Todo do “Lebensform” (Forma de Vida) no Segundo Wittgenstein

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v10i1.47476

Palavras-chave:

Meinen (ter em mente). Lebensform (forma de vida). Wittgenstein. Processos mentais. Investigações Filosóficas.

Resumo

O fascínio pelo processo inerente à compreensão sempre foi algo que inquietou a Filosofia com sua pergunta: que torna possível a compreensão? Ao contrário, poucas vezes se atentou para o uso que fazemos de tal termo. Isso o tirou de seu contexto e o investigou como relacionado a um processo mental, situado no sujeito. Essa abordagem gerou alguns questionamentos, dentre eles: se a compreensão e os processos nela envolvidos se dão na mente, como ter acesso a eles? Como saber o que há na mente do outro? Este texto pretende de apresentar o papel desempenhado, tanto pelo verbo meinen (ter em mente), em sua desvinculação com processos mentais, quando de sua gramática, como pela expressão lebensform (forma de vida), nas Investigações Filosóficas, como condição em que, tanto o meinen tem seu uso mais autêntico, como também o pano de fundo que torna possível entender as Investigações, como um todo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elenoura Enoque da Silva, Universidade Católica de Pernambuco

Doutora em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Bacharel em Física pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) com experiência de ensino e pesquisa em Filosofia e Física. Atualmente é professora do Programa de Pós Graduação em Filosofia (PPGFIL) e Graduação em Filosofia da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Suas principais áreas de interesse são: lógica, filosofia da lógica, filosofia da ciência, filosofia da linguagem, filosofia analítica, epistemologia, física, fundamentos da mecânica quântica e teoria das categorias.

José Maria da Silva Filho, Universidade Católica de Pernambuco

Mestre em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco (2022), e graduação em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2009). Atualmente é Professor Assistente 1 no Curso de Filosofia (UNICAP) e Assistente Administrativo, lotado no Instituto Humanitas Unicap, onde atua na gestão de atividades afins da Universidade. Tem experiência na área de Lógica, Filosofia da Linguagem, Teoria do conhecimento. 

Referências

ALMEIDA, João José R. de Lima. A singularidade das Investigações filosóficas de Wittgcnstein: fisiognomia do texto. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2015.

ALMEIDA, João José R. de Lima. As IF com obra inacabada. In: WITTGENSTEIN. Investigações Filosóficas. Tradução de João José R. L. de Almeida. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2017

ARRUDA Júnior, Gerson Francisco de. 10 lições sobre Wittgenstein. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2017 (Coleção 10 Lições)

ARRUDA JÚNIOR, Gerson Francisco de. Faculdade da linguagem e forma de vida: sugestão de uma hipótese de conciliação do programa gerativo chomskyano com uma pragmática de inspiração wittgensteiniana. 2017. 282 f. Tese (Doutorado) - Universidade de Lisboa. Faculdade de Letras, 2017. Disponível em: <https://www1.unicap.br/pergamum3/sumarios/0000aa/0000aa9f.pdf>. Acesso em: 20/08/2021

GLOCK, Hans-Johann. Dicionário Wittgenstein. Tradução de Helena Martins. Rio de Janeiro-RJ: Jorge Zahar Ed, 1998.

GRAYLING, A.C. Wittgenstein. São Paulo: Loyola, 2002.

HEBECHE, Luiz. A filosofia sub specie grammaticae: curso sobre Wittgenstein. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2016.

HINTIKKA, Merrill B; HINTIKKA, Jaakko. Uma investigação sobre Wittgenstein. 1. ed. Campinas (SP): Papirus, 1994.

MORENO, Arley R. Wittgenstein: os labirintos da linguagem. São Paulo: Editora da Unicamp, 2000

MORGADO, Paulo. Wittgenstein e a Mente. O Interior/Exterior e a sua relação com o Pensar. Covilhã, 2009

PEARS, David Francis. As ideias de Wittgenstein. São Paulo: Cultrix, 1973.

PENCO, Carlo. Introdução à Filosofia da Linguagem. Petrópolis: Vozes, 2006

SOUZA, Marcus José Alves de. Filosofia da mente de Wittgenstein: parâmetros gramaticais e conceitos psicológicos. In: Perspectiva Filosófica v. 41, no. 2, 2014

SPANIOL, Werner. Filosofia e método no segundo Wittgenstein: Uma luta contra o enfeitiçamento do nosso entendimento. 1. ed. São Paulo: Loyola, 1989

SPANIOL. “Formas de vida”: Significado e função no pensamento de Wittgenstein. In. Síntese: Revista de Filosofia. Belo Horizonte: FAJE, 1990.

VELLOSO, Araceli. Forma de vida ou formas de vida In. Rev. Philósofos 8 (2): 159-184, jul./ dez.2003.

WITTGENSTEIN. Da certeza. Tradução de Maria Elisa Costa. Lisboa: Edições 70. 1969

WITTGENSTEIN. Investigações Filosóficas. Tradução de João José R. L. de Almeida. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2017

WITTGENSTEIN. Investigações Filosóficas. Tradução de José Carlos Bruni. São Paulo-SP: Nova Cultural, 1999

WITTGENSTEIN. Observaciones sobre los fundamentos de la matemática. Version espanola de Isidoro Reguera. Madri: Alianza Editorial, 1987

WITTGENSTEIN. Tractatus Logico-Philosophicus. Tradução de Luiz Henrique Lopes dos Santos. São Paulo-SP: Editora da USP, 2001

WITTGENSTEIN. Movimentos de pensamento: diários de 1930-32/1936-37. São Paulo: Martins Fontes, 2010

WITTGENSTEIN. Observações filosóficas. São Paulo: Loyola, 2005

WOHLKE, Karine Gome. A concepção do mental em Wittgenstein: um modo de abordar a linguagem e a significação. 2018. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/191492. Acesso em: 28/08/2021

Downloads

Publicado

30-04-2022

Como Citar

ENOQUE DA SILVA, Elenoura; DA SILVA FILHO, José Maria. Do Vazio do “Meinen” (Ter em Mente) ao Todo do “Lebensform” (Forma de Vida) no Segundo Wittgenstein. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 103–119, 2022. DOI: 10.26512/rfmc.v10i1.47476. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/47476. Acesso em: 25 abr. 2024.