Revisionismo histórico online: Valhalla88, o difusor da intolerância na América do Sul (1997-2007)

Autores

  • Monica da Costa Santana Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v0i27.14774

Palavras-chave:

neonazismo. antissemitismo. revisionismo.

Resumo

Este artigo tem como proposta analisar as atividades antissemitas desenvolvidas pelo website brasileiro, Valhalla88 (www.valhalla88.com), entre os anos de 1997 a 2009. Apoiando-se nas teorias revisionistas, o grupo que mantinha o sítio em atividade objetivava desconstruir a ideia de Auschwitz como campo de extermínio nazista. Para legitimarem suas propostas, utilizaram um diversificado acervo de textos de conhecidos autores revisionistas, a exemplo de Paul Rassinier e Robert Faurisson, e imagens de caráter antissemitas. Nosso intuito é entender as formas de ativismo político, desenvolvidas por movimentos de extrema-direita neonazistas, assim como investigar as diferentes estratégias de abordagem desses grupos possibilitadas pelo meio digital. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, Theodor, W. Erziehung nach Auschwitz, In: Stichworte:kritische Modelle 2. Trad. por Aldo Onesti.Frankfurt-Suhrkamp, 1974.

ARÓSTEGUI, Julio. “A crise da historiografia e as perspectivas na virada do século”. In: Idem. A pesquisa histórica.Teoria e método. Trad. Andréa Dore. Bauru, SP: EDUSC, 2006.

CHEVALIER, Jean et al.Dicionários de Símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 18 ed. Trad. Vera da Costa e Silva. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003.

COLSON, J. R. “Olá, sou judeu”.Valhalla88, 2003. Texto disponível em: http://web.archive.org/web/20030827220108/http://libreopinion.com/members/sul88/valhalla88.htmlacesso em 06 de setembro de 2012.

BRAYLAN, Marisa (Comp.). Informe sobre antissemitismo en la Argentina 2009.Delegación de Asociaciones Israelitas Argentinas (DAIA) /Centro de Estúdios Sociales. Buenos Aires, 2010.

FAURISSON, Robert. “A piscina de Auschwitz”. Valhalla88,2003. Disponível em: http://web.archive.org/web/20030827210257/http://libreopinion.com/members/sul88/valhalla88.htmlacesso em 06 de setembro de 2012.

FERNANDEZ-ARMESTO, Felipe. Verdade: uma história. Trad. Beatriz Vieira. Riode Janeiro: Record, 2000.

GIBSON, William. Neuromancer. Trad. Abdoulie Sam Boyd e Lumir Nahodil. S/L, [data original da publicação 1984]. [versão digital ”“ano 2002]. Disponível em: https://www.sabotagem.revolt.org.

HITLER, Adolf. Minha Luta. (Versão digital), 1925. Disponível em: www.InLivros.netacesso em 15 de dezembro de 2013.

HOBSBAWM, Eric. “Dentro e fora da história”. In: Idem. Sobre História. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

HOCKENOS, Paul. Livres para odiar: Neonazismo ”“ameaça e poder. Trad. Esther Ann Henningsen. São Paulo: Scrita, 1995.JESUS, Carlos Gustavo Nóbrega de. Anti-semitismo e nacionalismo, negacionismo e memória:Revisão Editora e as estratégias da intolerância, 1987-2003. São Paulo: editora UNESP, 2006.

KRAUSE-VILMAR, Dietfrid. “A negação dos assassinatos em massa do nacional-socialismo: desafios para a ciência e para a educação política,” pp. 103-120. In: VIZENTINI, Paulo Fagundes; MILMAN, Luis (Orgs).Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político.Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRG: CORAG, 2000.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999.

MALERBA, Jurandir. Ensaios: teoria, história e ciências sociais. Londrina: Eduel, 2011.

MELO,Arthur Fernando Soares Borges de. A chegada do negacionismo no Brasil: A obra Holocausto: Judeu ou Alemão? (1987) de S. E. Castan. 2013, 80p. Monografia (Bacharelado em História). Instituto de Filosofia e Ciências Sociais ”“IFCS História. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

MILMAN, Luis. “Negacionismo: Gênese e desenvolvimento do extermínio conceitual”. In: VIZENTINI, Paulo Fagundes; MILMAN, Luis (Orgs). Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político.Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRG: CORAG, 2000.

PEREIRA, Wagner Pinheiro. O poder das imagens: cinema e política nos governos de Adolf Hitler e de Franklin D. Roosevelt (1933-1945). São Paulo: Alameda, 2012.

RAMOS, Célia Maria Antonacci. As nazi-tatuagens:inscrições ou injúrias no corpo humano? São Paulo: Perspectiva, 2006.

REIS, José Carlos. As iidentidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. 4ª ed. Rio de janeiro: Editora FGV, 2001.

TAGUIEFF, Pierre-André. O Racismo. Trad. José Luís Godinho. Instituto PIAGET. Lisboa: Flammarion, 1997 ”“Collection Dominos.

TODOROV, Tzvetan. Os inimigos íntimos da democracia.Trad. Joana Angélica d’Avila Melo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

VALHALLA88. “Os mentirosos números sobre Auschwitz”, 2005. Disponível em: http://web.archive.org/web/20050516002940/http://www.valhalla88.comacesso em 26 de junho de 2012.

VALHALLA88.“66 perguntas e respostas sobre o Holocausto”, 2003. Instituto pela Revisão Histórica. Disponível em: http://web.archive.org/web/20030827210135/http://libreopinion.com/members/sul88/valhalla88.htmlacesso em 6 de setembro de 2012.VALHALLA88.“Entendendo o que é o Nacional-Socialismo”, 2007. Disponível em: http://web.archive.org/web/20070516100533/http://www.valhalla88.comacesso em 20 de setembro de 2013.

VIDAL-NAQUET, Pierre. O Revisionismo na História:Os assassinos da memória.Trad. Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1988.

VOZ DE ODIN, 2005. Disponível em: http://web.archive.org/web/20050410075147/http://www.valhalla88.com/vozdeodin/vozdeodin.htmlacesso em 26 de junho de 2012.

Downloads

Publicado

2016-04-01

Como Citar

SANTANA, Monica da Costa. Revisionismo histórico online: Valhalla88, o difusor da intolerância na América do Sul (1997-2007). Em Tempo de Histórias, [S. l.], n. 27, 2016. DOI: 10.26512/emtempos.v0i27.14774. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/14774. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)