Tão bonita quanto imoral: identidade anarcopunk feminina na cena paulistana

Autores

  • Moacir Oliveira de Alcântara

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i33.23551

Palavras-chave:

Raw Punk. Anarcopunk. Identidade punk.

Resumo

Uma movimentação cultural punk de forte inclinação ao anarquismo surgiu na década de 1990 na cidade de São Paulo, o chamado anarcopunk, em que atuou expressivo contingente de mulheres e no qual houve, em consequência de sua politização, a fomentação da militância feminista e de perspectivas pró-feminismos. Tais aspectos estão expressos em letras de músicas de duas das bandas que compunham o cenário anarcopunk e, posteriormente, raw punk na capital paulista: Pós-Guerra e Luta Armada. Partiremos da apreciação do cenário no qual se inseriam as bandas citadas, objetivando a investigação de alguns aspectos do contexto histórico em que essas bandas atuaram, pensando a identidade punk feminina que se apresenta em duas canções selecionadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BIVAR, Antônio. O que é punk. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1992.

BUTLER, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

CAIAFA, Janice. Movimento Punk na Cidade: a invasão dos bandos sub.Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade (Volume II).2ª ed. São Paulo: Paz & Terra, 1999.

CATTA PRETA, Jean-Paul Greenfield. Raw Punk: origem, conceitos e o desenvolvimento enquanto grupo.In: Fanzine Raw Punk Sub. N. 3.p.4-16. jul. 2010. Disponível em: https://issuu.com/subzine/docs/raw_punk_sub_03>. Acesso em: 19 out. 2017

CROSS, Rich. There is no authority but yourself: the individual and the collective in British Anarcho Punk. Music & Politics, n. 2, set.-dez 2010.

FERRO, Marc. O filme: uma contra-análise da sociedade?In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (Orgs.). História: novos objetos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

FRIEDLANDER, PAUL. Rock and Roll: Uma História Social.Tradução de A. Costa. 4º ed. RJ: Record, 2006.

GINZBURG, Carlo. Representação: a palavra, a ideia, a coisa.In: ______. Olhos de madeira: nove reflexões sobre a distância. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 85-103.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

LAURETIS, Teresa. A tecnologia de gênero.In HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e Impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p.206-242.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 1990.

MARQUES, Gabriela Miranda. As artes de resistir: mulheres na cena anarcopunk (1990-2002).In: XXVII Simpósio Nacional de História. Natal, Anpuh, 2013.

MILANI, M. A. Dinâmicas ideológicas do movimento punk.2008. Disponível em: <http://www2.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/terceirogepal/marcoantonio.pdf>, acesso em 18 out. 2017.

NAPOLITANO, Marco. História & Música ”“ História cultural da música popular.Belo Horizonte, Autêntica. 2002.

NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero.Tradução Luiz Felipe Guimarães Soares. Revista Estudos Feministas, 8 (2), 2000.

O’HARA, Craig. A filosofia do punk: mais do que barulho.São Paulo: Radical Livros. 2005.

OLIVEIRA, Bruno Pereira. O punk como ação anarquista de resistência cultural nos últimos anos da ditadura militar no Brasil.Anais do XV Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas - 26 e 27 de outubro de 2010. Disponível em: <http://docplayer.com.br/6698610-O-punk-como-acao-anarquista-de-resistencia-cultural-nos-ultimos-anos-da-ditadura-militar-no-brasil.html>. Acesso em 19 out. 2017.

OLIVEIRA, R. C. Do punk ao hardcore: elementos para uma história da música popular no Brasil. Temporalidades: revista de História, v. 3: 127-140. 2011.

PERROT, Michele. Escrever uma História das Mulheres: relato de uma experiência. ln: Cadernos PAGU. Campinas: UNICAMP, 1995 n º 4.

RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história.In: PEDRO, Joana Maria e GROSSI, Miriam Pillar. (orgs.) Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinaridade. Florianópolis, Ed. Mulheres, 1998.

SALEM, Helena. As Tribos do Mal: O neonazismo no Brasil e no mundo.São Paulo. ed. Atual, 1995.

SWAIN, Tania Navarro. 2014. Histórias feministas, histórias do possível. In: STEVENS, Cristina e outros (orgs.). Estudos Feministas e de Gênero: articulações e perspectivas. Florianópolis: Ed. Mulheres. p. 613 ”“ 620.

VIEIRA, T. J. (Des)Caminhos da Identidade Punk: Uma Trajetória de Especificidades. Revista Trías.n.2 jan.-abr. 2011. Disponível em: <http://www.revistatrias.pro.br/index.php/edicoes-anteriores/80-n2.html>. Acesso em: 06 nov. 2017.

VITECK, Cristiano Marlon. (2007). Punk: anarquia, neotribalismo e consumismo no rock’n’roll. Espaço Plural,Marechal Cândido Rondon, v. VIII, n. 16, p.53-58, jan./jun. 2007.

Downloads

Publicado

2019-03-17

Como Citar

DE ALCÂNTARA, Moacir Oliveira. Tão bonita quanto imoral: identidade anarcopunk feminina na cena paulistana. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 33, p. 24–46, 2019. DOI: 10.26512/emtempos.v1i33.23551. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/23551. Acesso em: 26 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.