Saber-Comer, Comer o Saber
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v11i1.37255Palavras-chave:
livre ensaio, Suely Rolnik, Oswald de Andrade, Vênus Caôzeira, antropofagiaResumo
Este artigo é o resultado de um texto apresentado no seminário “Acolhimento”, no centro Marc Bloch em Berlim, em 2019. Trata-se de um livre ensaio em que me proponho recontar algumas das influências filosóficas que “alimentam” a prática do pensamento no cotidiano, que auxiliam, como mencionarei repetidas vezes, a bússola ética extra-moral, noção retroalimentada por Suely Rolnik.2 É um ensaio que faz do texto um banquete, um plano receita ou receita plano. Invertendo as palavras para os devidos sentidos que a elas atribuímos como prática performativa da vida. Por isso, desde a visita ao conceito de epistemicídio à passagem de uma leitura sobre a geofilosofia ou a filosofia da diferença, nossa inspiração central é a antropofagia de Oswald de Andrade3 e suas heranças. A prática do pensamento se manifesta então na récita íntima, do encontro amoroso da Vênus Caôzeira ou das muitas vezes que publiquei no blog “O pão”. Aqui me apresento como escritora e ensaísta, não como filósofa. Continua sendo um engajamento sério tomar pelo “chifre” as palavras, dando-lhes uma liberdade mais poética, que flana política em desejo.
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