Erosão
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Resumo
Erosão propõe uma reflexão acerca do conceito de fronteira, entendida não apenas como limite geográfico, mas como construção histórica e epistemológica. A partir do pensamento de Walter Mignolo e Gloria Anzaldúa, o olhar se volta para a margem como espaço de criação, conflito e resistência, onde emergem outras formas de conhecimento e subjetividade que movimentam a produção artística. A partir de uma vivência da autora na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguay e Argentina, são articulados corpo, língua e território,destacando o termo guarani Y (água) como metáfora da fluidez e da interconexão. A barragem de Itaipu, construída durante o período ditatorial, surge como símbolo da tentativa de contenção dessas forças vitais e culturais. Além disso, a obra de Aníbal López evidencia a fronteira como espaço erodido e em constante transformação, reafirmando uma perspectiva decolonial que valoriza o movimento, a especificidade e outras epistemologias.
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Referências
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SMITHSON, Robert. Uma sedimentação da mente: projetos de terra.
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