A interface sintaxe-fonologia no caso dos blends
Palavras-chave:
blending, interface sintaxe-fonologia, otimalidade distribuídaResumo
Este squib busca, no cerne da Otimalidade Distribuída, com base em Trommer (2001), abordar o blending enquanto um processo morfofonológico cuja formação se dá em duas etapas: na derivação sintática, tem-se o estabelecimento de uma relação gramatical entre duas raízes já categorizadas, com a adjunção de um morfema avaliativo que codifica a leitura jocosa própria dos blends à estrutura até então derivada. O morfema avaliativo carrega instruções para as interpretações nas interfaces, uma vez que influencia na criação dos domínios prosódicos e na interpretação semântico-enciclopédica da derivação. No ramo de PF, a inserção de vocabulário é determinada pela existência de restrições estruturais e de alinhamento que garantem a boa formação fonológica das estruturas; a Enciclopédia interpreta a relação de atribuição entre as raízes e a intenção do falante ao produzir o blend presente no próprio morfema avaliativo.
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