A Tradução como Ghostwriting: Uma Reflexão sobre Originalidade em Budapeste, de Chico Buarque

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DOI :

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v11.n1.2022.39060

Mots-clés :

Literatura. Traição. Desconstrução. Sombras. Origem.

Résumé

Neste estudo, meu objetivo é analisar se e de que maneira o personagem José Costa, protagonista de Budapeste (Buarque, 2014), pode ser compreendido como uma metáfora do processo de recriação na tradução. Para isso, coloco em paralelo conceitos muito repetidos dentro dessa temática, como o de originalidade, traição, ética e infidelidade, de modo a contribuir para o estudo proposto. Assim, o silêncio e o vazio também são duas palavras importantes para integrar essa arena, já que o protagonista do romance se constrói como um metatexto de si mesmo e uma metáfora de sua própria carreira, tentando sempre passar tão despercebido por ela quanto passa despercebido nos textos que “não” escreve. Um personagem dentro do personagem, e que narra sua própria vida como se fosse uma narrativa dentro de outra narrativa, a minha hipótese é a de que é possível perceber, na construção de José, uma desconstrução do mito da originalidade. 

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Publié-e

2022-03-12

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SILVA GONÇALVES, Davi. A Tradução como Ghostwriting: Uma Reflexão sobre Originalidade em Budapeste, de Chico Buarque. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 11, n. 1, p. 01–18, 2022. DOI: 10.26512/belasinfieis.v11.n1.2022.39060. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/39060. Acesso em: 24 nov. 2024.