A intertextualidade como chave de leitura para a alegoria do poema Nux, atribuído a Ovídio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v10.n1.2021.32431

Palavras-chave:

Ovídio. Nux. Alegoria. Intertextualidade. Roger Beck.

Resumo

Em trabalho intitulado Ovid, Augustus, and a nut tree, Roger Beck (1965) propôs uma leitura de Nux (“A nogueira”) como se o poema fosse uma alegoria do exílio de Ovídio. Para tal, o estudioso coligiu algumas passagens do texto e os interpretou à luz dos Amores e das Epistulae ex Ponto. No presente artigo, a partir de excertos do poema Nux, acompanhados de nossa tradução para os mesmos excertos, retomaremos o raciocínio de Beck, somando à referida análise intertextual diversos trechos dos Tristia que também parecem servir como chaves de leitura para a alegoria enunciada pela nogueira ovidiana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Victor Leite Melo, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutorando e Mestre em Letras: Estudos Literários (2019) pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Graduado em Letras - Português (2016) pela mesma instituição. Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. 

Referências

Bekc, Roger. (1965). Ovid, Augustus, and a Nut Tree. Phoenix, 19(2), 1965, 146–152. JSTOR.

Disponível em: www.jstor.org/stable/1087021. Accessed 28 May 2020.

Bohm, Arnd. (2006). Wordsworth's “Nutting” and the Ovidian Nux. Studies in Romanticism, 45(1), 25-48. Boston University.

Conte, Gian Biagio. (1999). Latin literature: a short history. J. Hopkins.

Erasmus. (1976). Commentary on Ovid’s Nut-Tree. In Elaine Fantham & Eriak Rummel (Eds.). Collected Works of Erasmus: Literary and Educational Writings. (A. G. Rigg Trad.). 7, ed.. Toronto & London: University of Toronto.

Fiorin, José Luiz. (2005). Interdiscursividade e intertextualidade. In Beth Brait (Org.). Bakhtin. Outros conceitos-chave (pp. 161-193). São Paulo: Contexto.

Fowler, Don. (2000). On the shoulders of giants: intertextuality and classical studies. In Roman constructions. Readings in postmodern Latin. Oxford University.

Ganzenmüller, Carl. (1910). Die Elegie Nux und ihr Verfasser. Kommissionsverlag der J.J. Heckenhauerschen Buchhandlung.

Gow, A. S. F. & Page, D. L. (1968). The Greek Anthology: The Garland of Philip. Vol. II. Cambridge.

Halm, C. (1852). Fabulae Aesopicae Collectae. Leipzag: B. G. Teubner.

Hendren, Thomas George. (2013). Ovid, Augustus, and the exilic journey in the Tristia and Epistulae ex Ponto. [Tese de Doutorado, University of Florida]. Disponível em: https://ufdc.ufl.edu/UFE0045161/00001

Knox, Peter E. (2009). Lost and spurious works. In E. Peter Knox (Ed.). A companion to Ovid. Blackwell.

Kristeva, Julia. (1967). Bakhtine, le mot, le dialogue et le roman. Critique. Revue générale de publications. Paris, 29, fasc. 239, 438-465.

Lausberg, Heinrich. (2011). Elementos de Retórica Literária. (R. M. Rosado Fernandes, Trans). 6ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Lee, A. G. (1958). The authorship of the Nux. In Herescu, n. I. Ovidiana, Recherches sur Ovide publiées à l'occasion du bimillénaire de la naissance du poète. Paris: Société d'Édition ‘Les Belles Lettres’.

Melo, João Victor Leite. (2019). Tradução poética de Ibis, Nux e Halieutica: três poemas de uma suposta quarta fase ovidiana. [Dissertação de Mestrado em Letras – Estudos Literários. UFJF].

Ovid. (1957). The art of love, and other poems. (J. H. Mozley, Trans.). Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press.

Ovide. (1987). Tristes. (Jacques André, Texto estabelecido & Trans). Paris: Belles Lettres.

Ovídio. (2009). Cartas Pônticas. (Geraldo José Albino, Trans.). São Paulo: Martins Fontes.

Prata, Patrícia. (2007). O caráter intertextual dos Tristes de Ovídio: uma leitura dos elementos épicos virgilianos. [Tese de Doutorado em Letras Clássicas – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas].

Prata, Patrícia. (2017). Intertextualidade e literatura latina: pressupostos teóricos e geração de sentidos. PhaoS Revista de Estudos Clássicos, Campinas, 17(1), 125-154.

Pulbrook, R. M. P. (1985). Ovidi Nasonis Nux elegia. Maynooth University.

Richmond, John. (2002). Manuscript traditions and the transmission of Ovid’s Works. In Barbara Weiden Boyd (Ed.). Brill’s companion to Ovid. Leiden, Boston, Köln: Brill.

Rodrigues, Nuno Simões. (2010). O exílio de Júlia Menor In Maria Cristina de Sousa Pimentel & Nuno Simões Rodrigues (Coords.). Sociedade, poder e cultura no tempo de Ovídio. Coimbra: FCT.

Tavares, Hênio. (1996). Teoria Literária. Belo Horizonte: Villa Rica.

Downloads

Publicado

14-06-2021

Como Citar

MELO, João Victor Leite. A intertextualidade como chave de leitura para a alegoria do poema Nux, atribuído a Ovídio. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 10, n. 1, p. 01–22, 2021. DOI: 10.26512/belasinfieis.v10.n1.2021.32431. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/32431. Acesso em: 19 abr. 2024.