Charlie Hebdo, secularização e escatologia

Autores

  • Fabio Mourilhe UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.26512/hh.v4i7.10927

Palavras-chave:

Charlie Hebdo, Fim da Arte, Escatologia, Secularização

Resumo

Este trabalho tem por objetivo tratar dos aspectos relacionados à prática e ao espírito do Charlie Hebdo por ocasião do assassinato de membros de sua equipe. Para atingir tal intento, consideramos de antemão a modernidade como aquela que se apropria do padrão escatológico cristão de forma secularizada, tal qual é apontado por Löwith, o que indica uma especificidade para as ideias de “fim da história” e “fim da arte” em Hegel. Os objetivos específicos incluem apresentar o semanário, delimitar as características e consequências do atentado, determinar os aspectos mais significativos indicados pela comissão sobre laicidade, analisar o extremismo islâmico e suas polarizações, e verificar o método específico do Charlie Hebdo de combate ao extremismo. A prática da secularização na França atual serviria para justificar e defender os posicionamentos assumidos no Charlie Hebdo. A escatologia moderna, presente nas ideias de fim da arte e fim da história, permite que nos aprofundemos na questão. Não se pode falar em um fim sem que se considere um começo, pois aqui há sobrevivência e morte. Com artistas que expõem sua opinião e, mesmo sabendo que correm risco, pagam com a própria vida, temos uma proximidade com a concepção do humor, como a destruição da arte por ela mesma.

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Biografia do Autor

Fabio Mourilhe, UFRJ

Fabio Mourilhe é pesquisador de pós-doutorado da EBA/UFRJ, onde desenvolve trabalho sobre Angelo Agostini, a Academia Imperial de Belas Artes e a convergência de humor e crítica de arte no século XIX. Doutor em filosofia pelo IFCS/UFRJ, sua tese “A estética do grotesco nos quadrinhos”, defendida em 2014, trata de uma ampliação de seu estudo sobre o tema realizado em 2011.

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Publicado

2016-12-20

Como Citar

Mourilhe, F. (2016). Charlie Hebdo, secularização e escatologia. História, histórias, 4(7), 71–88. https://doi.org/10.26512/hh.v4i7.10927

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