Políticas públicas de qualidade do ar no Brasil e seus reflexos nas áreas urbanas densamente habitadas
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n1.2017.18846Palabras clave:
Qualidade do ar, Emissões veiculares, Poluente atmosférico, Política Pública, Cidades BrasileirasResumen
Em um cenário de crescimento da renda da população brasileira, de aumento no consumo de energia e de
adensamento das áreas urbanas, questiona-se sobre a qualidade do ar nas maiores cidades brasileiras.
Na busca por resposta, este trabalho analisou as políticas públicas nacionais e regional (estado de São
Paulo) afetas à qualidade do ar implantadas a partir de 1981 e as contrapôs aos indicadores oficiais
dessa qualidade. As emissões totais de dióxido de carbono triplicaram entre 1980 e 2012, seguindo o
crescimento da frota veicular nacional que passou de 9,3 milhões para 48,8 milhões, respectivamente.
No âmbito regional, MP2.5 é monitorado sistematicamente desde 1999 na Região Metropolitana de
São Paulo (a maior cidade brasileira), com 19,7 milhões de habitantes e mais de 7 milhões de veículos
predominantemente movidos a combustíveis de origem fóssil. Observou-se diminuição da média anual
do período 2008-2015 em relação ao período 2001-2007, embora essa média ainda esteja acima do
padrão estadual a ser alcançado (10μg.m-3). Essa diminuição se deve em parte aos limites de emissão
estabelecidos para veículos novos pelos programas federais. A análise indicou que estratégias que
envolvem a aplicação de normativas legais, notadamente aquelas apoiadas pelas políticas já existentes,
por acordos que envolvam governo e iniciativa privada e pela participação da sociedade têm chance
maior de levar à redução da emissão de poluentes atmosféricos.
Descargas
Citas
BRAZIL. Política Nacional do Meio Ambiente. Federal Law n. 6938, of 31.08.1981. Brasília, 1981.
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolution n. 03, of 28.06.1990.
BRAZIL.Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolution n. 297, of 26.02.2002. Brasília, 2002.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolution n. 418, of 25.11.2009. Brasília, 2009a.
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Compromisso pela qualidade do ar e saúde ambiental. Brasília, 2009b. Available in: <http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Compromisso%20pela%20Qualidade%20do%20Ar%20e%20Saude%20Ambiental.pdf>. Accessed in: in: in: 27 Feb 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolution n. 432, of 14.07.2011. Brasília, 2011.
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores - Proconve. Brasília, 2013a. Available in:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/proconve_163.pdf>. Accessed in: in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar - Pronar. Brasília, 2013b. Available in: <http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pronar_163.pdf>. Accessed in: in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares - Promot. Brasília, 2013c. Available in: <http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/
promot_163.pdf>. Accessed in: in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolution n. 456, of 29.04.2013. Brasília, 2013d
BRAZIL. Inmetro. Programa Brasileiro de Etiquetagem. Brasília, 2013e. Available in: <http://www2.inmetro.gov.br/pbe/novidades_detalhe.php?i=Mw==>. Accessed in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Programa Brasileiro de Etiquetagem. Brasília, 2013f. Available in: <http://pbeveicular.petrobras.com.br/TabelaConsumo.aspx>. Accessed in: in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Plano de Controle de Poluição Veicular ”“ Diagnóstico e Acompanhamento. Brasília, 2013g. Available in: <file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jos%C3%A9%20Carlos/Meus%20documentos/Downloads/RUDOLF%20-APRESENTAR%20ESTE%20(2).pdf>. Accessed in: in: in: 01 March 2017 (in portuguese).
BRAZIL. Ministério do Meio Ambiente. Inventário nacional de emissões atmosféricas por veículos automotores rodoviários 2013, ano-base 2012: relatório final. Brasília, 2014. Available in: <http://www.mma.gov.br/images/
arquivo/80060/Inventario_de_Emissoes_por_Veiculos_Rodoviarios_2013.pdf>. Accessed in: in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
COHEN, A. J. et al. The global burden of disease due to outdoor air pollution.
Journal of Toxicology and Environmental Health, Part A, v. 68, p. 1-7, 2005.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. (São Paulo State Environmental Company). Relatório de qualidade do ar no estado de São Paulo 2003. São Paulo: Cetesb, 2004. Available in: <http://ar.cetesb.sp.gov.br/publicacoes-relatorios>. Accessed in: in: in: 23 February 2017 (in portuguese).
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Relatório de qualidade do ar no estado de São Paulo 2008. São Paulo: Cetesb, 2009. Available in: <http://ar.cetesb.sp.gov.br/publicacoes-relatorios>. Accessed in: in: 23 February 2017 (in portuguese).
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Qualidade do ar no estado de São Paulo 2012. São Paulo: Cetesb, 2013. Available in: <http://ar.cetesb.
sp.gov.br/publicacoes-relatorios>. Accessed in: in: 23 February 2017 (in portuguese).
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Qualidade do ar no estado de São Paulo 2015. São Paulo: Cetesb, 2016. Available in: <http://ar.cetesb.
sp.gov.br/publicacoes-relatorios>. Accessed in: in: 23 February 2017 (in portuguese).
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. (Energy Research Office). Brazilian Energy Balance: year 2013 / Empresa de Pesquisa Energética. Rio de Janeiro: EPE, 2014. Available in: <https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2014.pdf>. Accessed in: in: 05 March 2017.
GULIA, S. et al. Urban air quality management: a review. Atmospheric Pollution Research, v. 6, p. 286-304, 2015.
IGNOTTI, E. et al. Efeitos das queimadas na Amazônia: método de seleção dos municípios segundo indicadores de saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.10, n. 4, p. 453-464, 2007.
IGNOTTI, E. et al. Impact on human health of particulate matter emitted from burnings in the Brazilian Amazon region. Revista de Saúde Pública, v. 44, n. 1, p. 121-130, 2010a.
IGNOTTI, E. et al. Air pollution and hospital admissions for respiratory diseases in the subequatorial Amazon: a time series approach. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 4, p. 747-761, 2010b.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Projeção da população do Brasil por sexo e idade 1980-2050: revisão 2008. (Estudos e pesquisas. Informação demográfica e socioeconômica, no 24). Rio de Janeiro: IBGE, 2008. Available in: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/
default.shtm>. Accessed in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010: características da população e dos domicílios. Resultados do Universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. Available in: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/93/cd_2010_
caracteristicas_populacao_domicilios.pdf>. Accessed in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Available in: <http://www.censo2010.
ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=7&uf=00>. Accessed in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produto Interno Bruto dos Municípios 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2014. Available in: <ftp://ftp.ibge.gov.
br/Pib_Municipios/2012/pibmunic2012.pdf>. Accessed in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Contas Nacionais Trimestrais: indicadores de volume e valores correntes. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.
Available in: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/pib-volval_201502_9.shtm>. Accessed in: in: 05 March 2017 (in portuguese).
KUKLINSKA, K.; WOLSKA, L.; NAMIESNIK, J. Air quality policy in the U. S. and the EU ”“ a review. Atmospheric Pollution Research, v. 6, p. 129-137, 2015
MASCARENHAS, M. D. M. et al. Poluição atmosférica devida à queima de biomassa florestal e atendimentos de emergência por doença respiratória em Rio Branco, Brasil”“ Setembro, 2005. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 34, n. 1, p. 42-46, 2008.
OLIVEIRA, B. F. A. de; IGNOTTI, E.; HACON, S. S. A systematic review of the physical and chemical characteristics of pollutants from biomass burning and combustion of fossil fuels and health effects in Brazil. Cad. Saúde Pública, v. 29, n. 9, p. 1678-1698, 2011.
OLMO, N. R. S. et al. A review of low-level air pollution and adverse effects on human health: implications for epidemiological studies and public policy.
Clinics, v. 66, n. 4, p. 681-690, 2011. DOI:10.1590/S1807-59322011000400025.
OSTRO, B. Outdoor air pollution: assessing the environmental burden at national and local levels. Environmental burden of disease series, n. 5. In: PRUSS-USTUN, A.; CAMPBELL-LENDRUM, D.; CORVALAN, C.; WOODWARD, A. (Ed.). Geneva: World Health Organization, 2004.
SÃO PAULO (Estado). Decree n. 48.523, of 02.03.2004. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, 114, 41, Section I, p. 1, 2004.
SÃO PAULO (Estado). Decree n. 59.113, of 23.04.2013. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, 123, 76, Section I, p. 1, 3 and 4, 2013.
SILVA, A. M. C. da. et al. Material particulado (PM 2.5) de queima de biomassa e doenças respiratórias no sul da Amazônia brasileira. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 13, n. 2, p. 337-351, 2010.
SMALL, K.; VAN DENDER, K. The Effect of improved fuel economy on vehicle miles traveled: estimating the rebound effect using U.S. State Data, 1966-2001. University of California, Irvine, 2005. Available in: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.192.1737&rep=rep1&type=pdf>. Accessed in: 05 March 2017.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Air Quality Guidelines Global Update 2005. Report on a working group meeting, Bonn/Germany, 18-20 October 2005, 2005.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La presentación de la(s) obra(s) científica(s) original(es) por parte de los autores, como titulares de los derechos de autor de los textos enviados a la revista, de conformidad con la Ley 9.610/98, implica la cesión de derechos de autor de publicaciones impresas y/o digitales a la Revista de Sustenibilidad en Debate de los artículos aprobados para fines de publicación, en un único número de la Revista, autorizando también que la(s) obra(s) científica(s) aprobada(s) se divulguen de forma gratuita, sin ningún tipo de reembolso de derechos de autor, a través del sitio web de a Revista, para leer, imprimir y/o descargar el archivo de texto, a partir de la fecha de aceptación para publicación. Por lo tanto, los autores, al presentar los artículos a la Revista y, en consecuencia, la libre cesión de derechos de autor relacionados con el trabajo científico presentado, son plenamente conscientes de que no serán remunerados por la publicación de los artículos en la revista.Â
La Revista está licenciada bajo una licencia no comercial y sin derivaciones Creative Commons (No permite la realización de obras derivadas) 3.0 Brasil, con el propósito de difundir conocimientos científicos, como se indica en el sitio web de la publicación, que permite el intercambio del texto y el reconocimiento de su autoría y publicación original en esta revista.
Los autores pueden asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de las obras publicadas en la revista Sustenibilidad en Debate (por ejemplo, en un capítulo de libro), siempre que se indique que los textos se publicaron originalmente en esta revista y que se menciona el DOI correspondiente. Se permite y incentiva a los autores a publicar y distribuir su texto online después de su publicación (por ejemplo, en repositorios institucionales o en sus páginas personales).Â
Los autores aceptan expresamente los términos de esta Declaración de Derechos de Autor, que se aplicará a la presentación si es publicada por esta Revista.