Engajamento subjetivo e organização flexível do trabalho:

o caso dos trabalhadores da indústria do alumínio primário paraense

Autores

  • Attila Magno e Silva Barbosa Universidade Federal de Pelotas.

Palavras-chave:

Trabalho e subjetividade, Flexibilização produtiva, Mudanças organizacionais, Indústria do alumínio primário, Albras S.A.

Resumo

As empresas têm se aproveitado do ambiente de insegurança e de instabilidade que a lógica da flexibilização ”“ a qual elas seguem ”“ instaura no mundo do trabalho, para se apresentarem como “pontos de referência” nos quais os indivíduos que se “engajam” podem contar. Esta situação tende a criar certo alinhamento entre o ideário da empresa e a percepção dos trabalhadores. O objetivo deste artigo é esclarecer como essa situação é produzida. A pesquisa que lhe deu origem foi realizada entre os meses de fevereiro de 2007 e junho de 2009. A obtenção dos dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas com 30 trabalhadores ligados às áreas operacionais e dois dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Barcarena. Outras fontes utilizadas foram os relatórios da administração e os informativos internos da empresa de 2003 a 2008. As mudanças organizacionais deflagradas pelo sistema Total Quality Control (TQC), no início dos anos 1990, introduziu um conjunto de práticas gerenciais que exercem forte influência sobre a subjetividade do trabalhador devido à implantação de um ideário organizacional que se estende para além do ambiente de trabalho. Este quadro atua no sentido de promover o “engajamento subjetivo” dos trabalhadores à organização flexível do trabalho.

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Biografia do Autor

Attila Magno e Silva Barbosa, Universidade Federal de Pelotas.

Professor do Instituto de Sociologia e Política e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas. Últimas Publicações: O “ativismo social empresarial” e o seu viés antidissensual. Caderno CRH, v. 22, n. 56. Salvador, 2009, p. 325-343. A naturalização da identidade social precarizada na indústria do alumínio primário paraense. Sociologias, v. 12, n. 23. Porto Alegre, 2010, p. 268-303. O empreendedor de si mesmo e a flexibilização no mundo do trabalho. Revista de Sociologia e Política, v. 19, n. 38. Curitiba, 2011, p. 121-140.

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Como Citar

Barbosa, A. M. e S. (2014). Engajamento subjetivo e organização flexível do trabalho:: o caso dos trabalhadores da indústria do alumínio primário paraense. Sociedade E Estado, 29(1), 225–253. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5876

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