Marias intérpretes do Brasil: aberturas feministas ao pensamento sócio-histórico brasileiro nos legados de Queiroz, Franco e Beatriz Nascimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20233802e45088

Palavras-chave:

ciência social feminista, Interpretações do Brasil, Maria Isaura Pereira de Queiroz, Maria Sylvia de Carvalho Franco, Maria Beatriz Nascimento

Resumo

À luz da crítica feminista à ciência, o artigo se volta à uma reflexão sobre as interpretações do Brasil, apreendida como o campo de construção do pensamento sócio-histórico brasileiro, a partir dos legados das Marias Isaura Pereira de Queiroz, Sylvia de Carvalho Franco e Beatriz Nascimento. Ao utilizar-me de Florestan Fernandes como índice argumentativo, proponho duas aberturas feministas na produção do conhecimento sociológico:

  1. a abertura sociobiográfica das Marias problematiza a constituição da autoridade e legitimidade intelectual por relações de poder androcêntricas e racistas que configuram o espaço acadêmico das ciências sociais brasileira;

  2. a abertura epistemológica expõe algumas proposições das Marias de encontro ao cânone.

Em veia comum, as proposições desestabilizam a abordagem dualista da formação nacional pautada por oposições dicotômicas entre tradição/atraso e modernidade, conduzindo a outras perspectivas sobre a transformação social.

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Biografia do Autor

Mariana Galacini Bonadio, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). Pesquisadora bolsista da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj/RJ) - Bolsa Nota 10.

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Publicado

20-05-2024

Como Citar

Galacini Bonadio, M. (2024). Marias intérpretes do Brasil: aberturas feministas ao pensamento sócio-histórico brasileiro nos legados de Queiroz, Franco e Beatriz Nascimento. Sociedade E Estado, 38(02), e45088. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-20233802e45088

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