Produtos da linha de pesquisa Recriar-se/NESPROM

quem são os interessados e como são utilizados os jogos (IN)DICA-SUS, BANFISA, VIOLETAS E VIDAS VIOLETAS?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.7879118

Palavras-chave:

Brasil, Educação em saúde, Enfermagem, Pessoal paramédico, Tecnologias educativas

Resumo

Introdução: A linha de pesquisa Recriar-se: arte, lúdico e educação para a saúde, pertencente ao Núcleo de Estudos em Educação e Promoção da Saúde (Recriar-se/NESPROM/CEAM/UnB), dedica-se à produção de tecnologias lúdico-educativas voltadas para estudantes, profissionais de políticas públicas e interessados nas questões de gênero em geral, desde 2010. Dentre os jogos produzidos estão os de tabuleiro (IN)DICA-SUS (2011), BANFISA (2011), VIOLETAS (2016), VIOLETAS 2ed (2019) e o jogo de cartas VIDAS VIOLETAS (2020), lançado recentemente. Concebidos a partir da metodologia Recriar-se Lúdico, método desenvolvido ao longo de 12 anos de pesquisas especializadas, esses jogos estão disponíveis para aquisição do público interessado. Haja vista o estágio atual de consolidação da linha de pesquisa e a necessidade de aprimoramento constante das investigações, este estudo objetiva: identificar a quantidade de cada um dos jogos adquiridos ao longo dos 12 anos da linha Recriar-se; caracterizar o perfil das/os adquirentes dos Jogos (IN)DICA-SUS, BANFISA e VIOLETAS; identificar as potencialidades desses jogos para práticas educativas; construir um banco de dados com informações dos interessados para subsidiar o aperfeiçoamento dos produtos Recriar-se. Metodologia: Pesquisa exploratória, quantitativa e qualitativa, com aplicação de questionário e análise de conteúdo. Fez-se um levantamento comparativo do percentual de jogos adquiridos no período de 2010 a 2022, por tipo de jogo. Em seguida, um questionário on-line foi aplicado aos 104 adquirentes, com 17 respondentes, o que permitiu traçar um perfil preliminar do público-alvo interessado pelos produtos da linha de pesquisa Recriar-se, bem como avaliar a potencialidade de tecnologias lúdico-educativas produzidas no período. Resultados/Discussão: o perfil das/os adquirentes é composto majoritariamente por mulheres (n=15; 88%), na faixa etária entre 24-31 anos (n=6; 35%), que cursaram pós-graduação (n=13; 76%) e trabalham como docentes (n=7; 41%), vinculadas a instituições de ensino de diversos níveis. O jogo preferido foi o (IN)DICA-SUS, por ser considerado mais “educativo”. Dentre os cenários de utilização, as/os participantes referiram utilizá-los em sala de aula e oficinas pedagógicas. Com relação à aplicação dos jogos, prevaleceu o público-alvo das/os estudantes de graduação da área da saúde. A avaliação dos produtos Recriar-se foi positiva dentre todas/os adquirentes e a principal sugestão foi a necessidade de atualização de cartelas do jogo (IN)DICA-SUS e BANFISA. Considerações finais: A investigação oportunizou a identificação de um perfil preliminar, das preferências e da avaliação dos jogos pelas/os adquirentes, subsidiando o constante aperfeiçoamento das pesquisas da Linha Recriar-se/NESPROM/CEAM. Constatou-se adequabilidade entre a concepção dos jogos produzidos e sua potencialidade como ambiência lúdico-educativa para reflexões críticas.

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Biografia do Autor

Gabriela Duarte Almeida Mundim, Universidade de Brasília - UnB

Bacharel em Enfermagem pela Universidade de Brasília - UnB. Membro efetivo do grupo de pesquisa Recriar-se/NESPROM - Núcleo de Estudos em Educação e Promoção da Saúde (NESPROM/Ceam/UnB). Linhas depesquisa e àreas de interesse: políticas públicas em saúde, saúde da família e comunidade, saúde da mulher,questões de gênero na enfermagem, economia do cuidado.

Maria Raquel Gomes Maia Pires, Universidade de Brasília - UnB

Com formação interdisciplinar, possui doutorado (2004) e mestrado (2001) em Política Social pela Universidade de Brasília (UnB), com estágios pós-doutorais nas áreas ciências sociais, migrações e gênero (2017, ISCTE/IUL, Lisboa-PT) e design de jogos na saúde (2011, UnB). Mestranda (UnB, ingresso 2022.2) e graduada em Filosofia (2019). Graduação em enfermagem (Universidade Estadual do Ceará, 1994) . Professora do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública (PPGP) e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas para a Infância e Juventude, UnB. Pesquisadora do grupo de pesquisa NESPROM - Núcleo de Estudos em Educação e Promoção da Saúde (NESPROM/Ceam/UnB), no qual coordena a linha Recriar-se (arte, lúdico, saúde e educação), voltada ao desenvolvimento de jogos ambientados nas políticas públicas para as mulheres e de saúde (https://recriarse.wordpress.com/). Integra o grupo de pesquisa Violes (pesquisa sobre tráfico de pessoas, violência e exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes), ambos cadastrados no diretório de grupos do Cnpq. Produção científica nas áreas de Gestão e avaliação de políticas públicas setoriais; Desenvolvimento de jogos e tecnologias às políticas públicas; Gestão do cuidado e do processo de trabalho em saúde; Gênero, saúde e políticas públicas. Linhas de pesquisa: Gestão, análise e avaliação de políticas públicas sociais; Avaliação de sistema, serviços e políticas de saúde; Gênero, saúde e políticas públicas; Planejamento, organização e gestão de sistema de saúde; Design e ludicidade de jogos; Linguagem estética na filosofia de Nietzsche.

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Publicado

2023-04-30

Como Citar

Mundim, G. D. A., & Pires, M. R. G. M. (2023). Produtos da linha de pesquisa Recriar-se/NESPROM: quem são os interessados e como são utilizados os jogos (IN)DICA-SUS, BANFISA, VIOLETAS E VIDAS VIOLETAS?. Revista Do CEAM, 9, 13–27. https://doi.org/10.5281/zenodo.7879118

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