UMA RELEITURA DA SOCIOLOGIA JURÍDICA A PARTIR DO DIREITO ACHADO NA RUA
Palabras clave:
Direito Achado na Rua, Sociologia Jurídica, Movimentos Sociais, DemocraciaResumen
Este artigo propõe uma leitura reflexiva da obra Direito como Liberdade: O Direito Achado na Rua Experiências Populares Emancipatórias de Criação do Direito de autoria de José Geraldo de Sousa Júnior (2008), discutindo especialmente o capítulo intitulado Condições Sociais e Possibilidades Teóricas para uma Análise Sociológico-Jurídica. Nesse sentido, buscou-se perceber e esclarecer as conexões entre Direito e Sociologia, as quais dão origem à chamada Sociologia Jurídica, para enfim discutir as possibilidades teóricas, metodológicas e práticas para uma epistemologia jurídica emancipatória socialmente legítima, que nasce nas nos espaços públicos articulada pelo elo do protagonismo dos movimentos sociais, enquanto sujeitos de direitos coletivos e revolucionários. Notadamente no contexto da nova democracia latino-americana. Para instrumentalização destes propósitos foi realizada uma revisão bibliográfica qualitativa e analítica dos conceitos presentes na já mencionada tese de Sousa Júnior (2008), bem como, nos apontamentos do espanhol Elías Díaz (1965) acerca da Sociologia Jurídica e por fim as concepções e repercussões jurídicas sobre movimentos sociais com base em Glória Gohn (2008), constatando-se assim a concretização dos objetivos teóricos e metodológicos propostos pelo Direito Achado na Rua.
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