PRISÃO: A DECISÃO JUDICIAL ENTRE HÉRCULES E A BANALIDADE DO MAL

Autores

Palavras-chave:

Decisão judicial, Direitos humanos fundamentais, Direito penal, Filosofia, Hermenêutica jurídica

Resumo

O presente trabalho produz uma análise partindo de uma analogia entre o livro Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt, que retrata a impressão filosófica e histórica da autora acerca do tratamento do Estado em relação ao extermínio de judeus na Europa, e as condições em que juízes brasileiros decidem por ordens de aprisionamento de indivíduos criminosos, onde, em ambos os casos, as consequências são graves infrações à dignidade humana. Na sequência, propõe-se a análise das possibilidades de interpretação das normas jurídicas a partir das concepções de Dworkin e Alexy, para que se possa chegar a uma decisão de um “juiz Hércules” e evitar a banalidade do mal.

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Biografia do Autor

Artur Cortez Bonifácio, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN, Brasil. 

Pós-Doutor pela Universidade de Lisboa, Portugal. Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Professor da graduação e mestrado em Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 

Rodrigo Cavalcanti, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN, Brasil. 

Professor da Universidade Potiguar (UnP). Mestrando em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

CORTEZ BONIFÁCIO, Artur; CAVALCANTI, Rodrigo. PRISÃO: A DECISÃO JUDICIAL ENTRE HÉRCULES E A BANALIDADE DO MAL. Direito.UnB - Revista de Direito da Universidade de Brasília, [S. l.], v. 4, n. 3, p. 225–247, 2020. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistadedireitounb/article/view/30107. Acesso em: 24 abr. 2024.

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