Quintais agroflorestais na visão dos agricultores de Imaruí-Sc
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v5i2.49139Palabras clave:
Sistemas Agroflorestais, Segurança Alimentar, AgriculturaFamiliar, Conhecimento local,, Quintais AgroflorestaisResumen
A motivação deste trabalho foi à busca por uma forma que pudesse contribuir para a averbação das áreas de Reserva Legal dos pequenos agricultores promovendo a conservação do meio ambiente e a segurança alimentar destes. A escolha do município de Imaruí-SC ocorreu devido ao interesse em dar continuidade a trabalhos envolvendo sistemas agroflorestais já realizados por uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pelos problemas vivenciados pelo município como: desmatamentos, erosão, uso exagerado de agrotóxicos, dentre outros. Assim surgiu este diagnóstico sobre os quintais agroflorestais, com os objetivos de verificar a existência ou não destes nas propriedades rurais situadas na Comunidade Aratingaúba, município de Imaruí e verificar quais as possibilidades de adequação destes quintais como áreas para Reserva Legal. Na a realização deste trabalho foi utilizado como referencial metodológico a abordagem participativa e os conceitos de conhecimento local e saber ecológico local. As etapas do trabalho de campo foram constituídas de entrevistas, questionários, oficinas, palestras e observação participante com o objetivo de analisar quais os fatores que geraram a ocorrência e permanência dos quintais e identificar as espécies que compõe ou possam compor um modelo de quintal agroflorestal ideal para a região. Os entrevistados constituíram 39% dos associados da Associação de Agropecuaristas de Imaruí e os questionários foram respondidos pelos pais dos alunos de 5º a 8º série da escola da comunidade de Aratingaúba, cujos alunos participaram de atividades que serviram para a elaboração de uma cartilha sobre quintais agroflorestais. O principal fator apontado nesta pesquisa para a ocorrência e permanência dos quintais agroflorestais foi a preocupação com a produção de alimentos para o autoconsumo na unidade familiar de produção e os rendimentos econômicos que o quintal pode vir propiciar. Através das práticas de manejo utilizadas pelos agricultores em seus quintais foi evidenciada a preocupação com a qualidade dos alimentos. Foi demonstrado de forma expressiva pelos atores sociais o gosto pela atividade e a tradição, fatores integrantes do conhecimento local, que é transmitido através das gerações. Verificou-se que os quintais são compostos por espécies frutíferas, ornamentais, olerícolas e medicinais, sendo que durante as oficinas foram listadas as espécies para compor um modelo de quintal para a região, considerando principalmente a possibilidade de comercialização e o conhecimento local sobre as espécies, o manejo e produção. Quanto aos aspectos ecológicos que podem ser contemplados com a implantação e/ou ampliação dos quintais, os agricultores não conseguiram perceber a possibilidade de conservação ambiental que esses quintais podem produzir. Sobre a importância da averbação das áreas de reserva legal e o uso destes quintais agroflorestais para esta finalidade, constatou-se que estes agricultores não tem interesse em averbar estas áreas, devido não terem benefícios econômicos diretos e não serem cobrados quanto esta conduta pelos órgãos fiscalizadores.Descargas
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