Formação Continuada em Diversidade Sexual e as possibilidades que emanam da Interseccionalidade aliada aos Estudos Críticos do Discurso
DOI :
https://doi.org/10.35956/v.2.n23.2023.p.147-166Mots-clés :
Diversidade Sexual, Estudos Críticos do Discurso, Formação Continuada, Interseccionalidade, Mudança SocialRésumé
Esse artigo aponta para as possibilidades analíticas entre a Interseccionalidade e os Estudos Críticos do Discurso frente às narrativas de três profissionais da educação pública do Distrito Federal que participaram do curso “Reconhecendo a Diversidade Sexual na Escola” em 2022. Como parte das atividades, participaram em fóruns, engajando-se em discussões sobre autoidenticação e entrecruzamento identitário. Esses textos apresentam percepções sobre a desigualdade social que afeta as/es/os participantes, bem como suas/seus estudantes. Assim, por meio dos textos postados e entrevistas semiestruturadas, objetivo analisar suas narrativas para compreender como opressões simultâneas impactam determinados corpos na escola. Ademais, a materialidade discursiva desses textos indica um processo de reflexividade crítica das/des/dos participantes que as/es/os capacita/provoca propor ações pedagógicas para uma mudança social onde trabalham. Metodologicamente, esse estudo é qualitativo e interpretativista por possibilitar observar como as pessoas se articulam, como suas experiências ganham significado e vida, explicitando as relações sociais mais livremente.
Téléchargements
Références
AKOTIRENE, C. 2019. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen.
BUTLER, J. 2017. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. 15ª ed – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
BUTLER, J. 2022. Desfazendo o gênero. Coordenação da tradução por Carla Rodrigues – São Paulo: Editora Unesp.
BARROS, S. M. 2016. Análise Crítica do Discurso, Gramática Sistêmico-Funcional e Realismo Crítico: Abordagens Interdisciplinares. In: Revista ECOS [S.l.] 9, 2: 241-254.
CAFÉ, L. da C. M. 2020. A gente só é; e pronto: uma análise linguístico-discursiva sobre os impactos da LGBTIFOBIA na escola. Curitiba: Appris.
CAFÉ, L. da C. M. 2021. AGÊNCIA, REFLEXIVIDADE CRÍTICA E LGBTIFOBIA NA ESCOLA: a potência das ações educativas antineoliberais. In: Revista Querubim, Rio de Janeiro-RJ, 17: 50-58.
CAFÉ, L. da C. M. 2023. Interseccionalidade e os discursos sobre raça, gênero e diversidade sexual na escola. In: Brazilian Journal of Development, [S.l.] 9, 1: 4866–4885.
CHOULIARAKI, L; FAIRCLOUGH, N. 1999. Discourse in Late Modernity. Edinburgh: Edinburgh University Press.
COSTA, V. H. C. 2015. Os processos mentais nas representações de homens e mulheres heterossexuais em anúncios pessoais eletrônicos. In: Letras, Santa Maria, 25, 50: 119-142.
CRENSHAW, K. 2004. Intersecionalidade na Discriminação de Raça e Gênero.
Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem [S.l.]: 7-16.
DISTRITO FEDERAL. 2014. Diretrizes de Formação Continuada da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Brasília: EAPE.
FAIRCLOUGH, N. 2003. Analyzing Discourse: textual analysis for social research.
London: Routledge.
FAIRCLOUGH, N. 2016. Discurso e mudança social. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
KILOMBA, G. 2019. Memórias da Plantação. Episódios de racismo quotidiano. Portugal. Ed. Orfeu Negro.
LOURO, G. L. 2014. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes.
MACEDO, A. C. 2023. Sobre Interseccionalidade. Brasília: Filos.
MAGALHÃES, I; MARTINS, A. R; RESENDE, V. de M. 2017. Análise de discurso crítica: um método de pesquisa qualitativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
MARTÍNEZ, L. F. P. 2012. A questão do poder e da ideologia na análise de discurso crítica (ADC). In: Questões sociocientíficas na prática docente: Ideologia, autonomia e formação de professores, 121-130. São Paulo: Editora UNESP.
RESENDE, V. de M; RAMALHO, V. Análise de Discurso Crítica, do Modelo Tridimensional à articulação entre práticas: implicações teórico-metodológicas. In: Linguagem em (Dis)curso – LemD 5, 1: 185-207.
RESENDE, V. de M ; RAMALHO, V. 2017. Análise do discurso crítica. São Paulo: Contexto.
RIBEIRO, D. 2019. Lugar de Fala. São Paulo: Sueli Conceição; Pólen.
SPIVAK, G. C. 2010. Pode o subalterno falar?. Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG.
TAVARES, R. C. de L; RESENDE, V de M. 202. Da necessária coerência entre Ontologia, Epistemologia e Metodologia: Contribuições em estudos críticos do Discurso. In: DisSOL, Pouso Alegre - MG 6, 13: 82-95.
VIEIRA, V; RESENDE, V de M. 2016 Análise de discurso (para a) crítica: O texto como material de pesquisa. Campinas: Pontes Editores.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Leonardo da Cunha Mesquita Café 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Los/as autores/as conservan los derechos de autor/a y garantizan a RALED el derecho de ser la primera publicación del trabajo al igual que licenciado bajo una Creative Commons Attribution License BY-NC-ND 4.0 que permite a otros compartir el trabajo con un reconocimiento de la autoría del trabajo, copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Os/As autores/as conservam os direitos autorais e garantem a RALED o direito de ser a primeira publicação do trabalho licenciado por uma Creative Commons Attribution License BY-NC-ND 4.0 que permite compartilhar o trabalho com reconhecimento de sua autoria e cópia e redistribuição do material em qualquer meio ou formato.