As territorialidades e a proteção do patrimônio histórico no Mercado Municipal de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v8i15.55162Palavras-chave:
Territorialidade. tombamento. mercado municipal. feirantes.Resumo
O tombamento do patrimônio histórico não representa o fim das disputas pelo espaço urbano. Para demonstrar isso, delimitamos três períodos de disputas como modo de análise das territorialidades no Mercado Municipal de São Paulo. Em cada período, vemos um equilíbrio de forças entre diferentes territorialidades, questionando o sentido, a organização a proteção do Mercado. Buscamos as fontes dessa pesquisa em notícias de jornal, análises de leis da cidade e entrevistas com trabalhadores. O conceito de territorialidade, na linha de Robert Sack, é central na nossa metodologia, pois indica que existem diferentes estratégias subjetivas e objetivas para um mesmo território. O nosso objetivo é evidenciar que, mesmo com o tombamento em 2004, as disputas socioterritoriais foram renovadas. Concluímos que os poderes econômico e político geram formas espaciais que precisam ser complementadas com o sentido simbólico e cultural, gerando novas territorialidades.Downloads
Referências
Amadeu, A. (2009, Novembro 28). Expediente. Diário Oficial da Cidade de São Paulo. São Paulo: Prefeitura da Cidade de São Paulo.
Castelani, C. (2023, janeiro 14). Mercadão de SP faz 90 anos e tenta virar atração gastronômica 24 horas, apesar de degradação. São Paulo, Folha de São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/01/mercadao-de-sp-faz-90-anos-e-tenta-virar-atracao-gastronomica-24-horas-apesar-de-degradacao.shtml
Condephaat. (2017). Mercado Municipal Paulistano. São Paulo, Estado de São Paulo. http://condephaat.sp.gov.br/benstombados/mercado-municipal-paulistano/
Costa, E. (2021). Planificación urbana posible, imaginario, existencia y cultura. Tempo Social, 33(1), 91-120. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.164522
Costa, E. & Alvarado-Sizzo, I. (2023). Mercados y tianguis, usos del territorio y patrimonio-territorial latinoamericano en México. Revista Geográfica Venezolana, 64(1), 96-115. https://doi.org/10.53766/RGV
Folha de São Paulo (2024, Abril 23) Concessionária do Mercadão de SP promete restaurante panorâmico e ampliação do mezanino. São Paulo, Folha de São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/04/concessionaria-do-mercadao-de-sp-promete-restaurante-panoramico-e-ampliacao-do-mezanino.shtml
Folha de São Paulo (2003, Agosto 7). Comerciante cobra ação contra feira ilegal. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1989, Janeiro 19). Obras recuperam prédios e praças. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1988, Março 28). Gourmets indicam onde comprar. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1988, Fevereiro 17). O projeto do Parque D. Pedro. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1987, Fevereiro 19). Mercadão, templo da gastronomia de São Paulo. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1982, Janeiro 25). Trecho canalizado não apresentou inundações. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1979, Agosto 10). Nas feiras-livres e mercado, um grande susto: os preços. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1979, Janeiro 26). Enchentes, presente que já é uma rotina. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1978, Novembro 11). Egídio e Setúbal acompanham Lembo na campanha, esta manhã. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1977, Setembro 28). Duas novidades na área do Mercado. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1976, Junho 19). Carne podre no Mercado Central de São Paulo. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1975, Setembro 2). Primeiros ataques contra a decisão de Setúbal. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1974, Setembro 23). 3800 apreensivos num edifício. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1974, Junho 11). Motorista vê tudo igual sempre. São Paulo, Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo (1973, Novembro 14). Em 1974, São Paulo terá terminal atacadista na Zona Norte. São Paulo, Folha de São Paulo.
Frugoli Jr., H. (1995). São Paulo: espaços públicos e interação social. São Paulo: Marco Zero.
Mascarenhas, G. & Dolzani, M.C.S. (2008). Feira-livre: territorialidade popular e cultura na metrópole contemporânea. Ateliê Geográfico, 2(2), 72-87. https://doi.org/10.5216/ag.v2i2.4710
Monbeig, P. (1984). Pioneiros e fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Hucitec.
Prefeitura de São Paulo. (2021). Prefeitura assina contrato de concessão e garante investimento mínimo de R$ 83,150 milhões para restauro e reforma do Mercado Municipal. https://capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-assina-contrato-de-concessao-e-garante-investimento-minimo-de-r-83-150-milhoes-para-restauro-e-reforma-do-mercado-municipal
Prefeitura de São Paulo. (2012). Pesquisa aponta perfil dos frequentadores do Mercado Municipal Paulistano. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/comunicacao/noticias/?p=108749
Santos, M. (2004). O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Sao Paulo: Edusp.
Scifoni, S. (2018). O patrimônio como negócio. In A. Carlos, I. Alvarez & D. Volochko (Ed.). A cidade como negócio (pp. 209-228). São Paulo: Contexto.
Secretaria Municipal de Serviços. (2005, Setembro 2). Portaria n.º 003/SES-SGAB/2005. Diário Oficial da Cidade de São Paulo. São Paulo: Prefeitura da Cidade de São Paulo.
Souza, M. (2000). O desafio metropolitano: um estudo sobre a problemática sócio-espacial nas metrópoles brasileiras. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.
Valverde, R. (2024). O jogo da amarelinha: saltos para a institucionalização da Geografia Cultural no Brasil. São Paulo: FFLCH/USP.
Valverde, R. (2011). Transformações da Feira de São Cristóvão: recriando o lugar do migrante. Revista Mercator, 10(21), 81-90. https://doi.org/10.4215/RM2011.1021.0005
Valverde, R. (2004). Transformações no conceito de território: competição e mobilidade na cidade. Revista Geousp – espaço e tempo, 8(1), 119-126. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2004.123877
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 PatryTer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Informamos que a Revista Patryter está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDer
Autores que publicam na Revista PatryTer concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição (CC BY) o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- A contribuição é original e inédita, não está sendo avaliada para publicação por outra revista. Quando da submissão do artigo, os(as) autores(as) devem anexar como documento suplementar uma Carta dirigida ao Editor da PatryTer, indicando os méritos acadêmicos do trabalho submetido [relevância, originalidade e origem do artigo, ou seja, oriundo de que tipo de investigação]. Essa carta deve ser assinada por todos(as) os(as) autores(as).
- Autores cedem os direitos de autor do trabalho que ora apresentam à apreciação do Conselho Editorial da Revista PatryTer, que poderá veicular o artigo na Revista PatryTer e em bases de dados públicas e privadas, no Brasil e no exterior.
- Autores declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição que ora submetem ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores declaram que não há conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade dos trabalhos científico apresentados ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não- exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).