Festa do Divino Espírito Santo, uma tradição em movimento
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.26908Palavras-chave:
Urbano. cultura popular. resistência. Festa do Divino. Terreiro de Candomblé.Resumo
No estado do Maranhão, a Festa do Divino Espírito Santo acontece principalmente em terreiros de candomblé e tambor de mina. Interessa-nos aquela realizada na Casa Fanti Ashanti em São Luís (MA), cujo formato foi trazido para São Paulo por meio do processo migratório, tendo como abrigo a Associação Cultural Cachuera, no bairro de Perdizes. Objetiva-se a compreensão sobre o movimento que a Festa do Divino faz mantendo a tradição, mesmo em outro espaço e sob novas condições de realização. Para tanto, o foco principal está na atuação das Caixeiras do Divino, bem como em todos os seus cerimoniais e cenários. A partir de leituras, pesquisa de campo e coleta de relatos orais, é possível dizer que o acesso a dimensões temporais diversas (passado, presente e futuro) é acionado quando a Festa se materializa: a temporalidade do pretérito afronta o tempo linear e acelerado do urbano e aponta para o futuro utópico, em meio a contradições. A condição socioespacial receptora da Festa sacraliza o espaço vivido, ou espaço de representação, durante os dias festivos, bem como reverencia a Festa originária, outrora realizada na Casa Fanti Ashanti.
Downloads
Referências
Azevedo, R. P. de. (1962-1963). O Compromisso da Confraria do Espírito Santo de Benavente, Lusitânia Sacra, 6, 7-23. Recuperado de http://hdl.handle.net/10400.14/5053.
Barbosa, M. (2006). Umas mulheres que dão no couro. São Paulo: Empório de Produções & Comunicação.
Bíblia. (1994). Bíblia. Mensagem de Deus. São Paulo: Editora Santuário; Edições Loyola.
Bloch, E. (2005). O princípio esperança, 1 (N. Schneider, Trans). Rio de Janeiro: EDUERJ; Contraponto.
_______. (2006). O princípio esperança, 2 (W. Fuchs, Trans). Rio de Janeiro: EDUERJ, Contraponto.
Cascudo, L. C. (2001). Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global.
Confraria da Rainha Santa Isabel (Eds.). (2012). Confraria da Rainha Santa Isabel (11th ed.). História popular da Rainha Santa Isabel, protectora de Coimbra. Coimbra: Gráfica de Coimbra.
Delumeau, J. (1997). Mil anos de felicidade: uma história do paraíso (P. Neves, Trans). São Paulo: Companhia das Letras.
Esperança, M. (1656). História Seráfica da Ordem dos Frades Menores de S. Francisco na Província de Portugal. Primeira Parte. Que contém seu princípio & argumentos no estado primeiro de Custódia. Lisboa: Officina Craesbeechiana. [Versão digital]. Recuperado de http://purl.pt/20706
Ferreti, S. F. (2005). Festa do Divino no Maranhão. Catálogo de exposição Divino toque do Maranhão. Rio de Janeiro: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular / IPHAN / MEC. (pp. 9-29). Recuperado de http://www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/bitstream/1/295/1/Festa%2520do%2520Divino%2520no%2520Maranhao.pdf.
Gandra, M. J. (2014). Festa dos tabuleiros ”“ Tomar. Cadernos da tradição. História e identidades dos povos de língua portuguesa, 2 (8). Rio de Janeiro: Instituto Mukharajj Brasilian e Centro Ernesto Soares de Iconografia Simbólica.
Lefebvre, H. (1967). Metafilosofia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
_______, H. (2006). A produção do espaço (D. B. Pereira & S. Martins, Trans). [Versão digital]. Recuperado de https://gpect.files.wordpress.com/2014/06/henri_lefebvre-a-produc3a7c3a3o-do-espac3a7o.pdf
Santos, B. S. (1999). Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade (5th ed.). São Paulo: Cortez.
Referências Audiovisuais
Garcia, E. (Diretor) & A Barca (Produtor) & Olhar Imaginário (Produtor). (2010). Casa Fanti Ashanti. parte 1/2. [Filme/DVD]. Brasil, A Barca. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=B6iypRcSy44.
Menezes, B. (Diretor) & PiÔ ”“ Produção cultural coletiva (Produtor). (2016). Itinerâncias de uma jovem caixeira ”“ Apresentação. [Filme]. Brasil, Gopala Filmes. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=yHnMlAJ4j2E&t=8s.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 PatryTer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Informamos que a Revista Patryter está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDer
Autores que publicam na Revista PatryTer concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDer
- A contribuição é original e inédita, não está sendo avaliada para publicação por outra revista. Quando da submissão do artigo, os(as) autores(as) devem anexar como documento suplementar uma Carta dirigida ao Editor da PatryTer, indicando os méritos acadêmicos do trabalho submetido [relevância, originalidade e origem do artigo, ou seja, oriundo de que tipo de investigação]. Essa carta deve ser assinada por todos(as) os(as) autores(as).
- Autores cedem os direitos de autor do trabalho que ora apresentam à apreciação do Conselho Editorial da Revista PatryTer, que poderá veicular o artigo na Revista PatryTer e em bases de dados públicas e privadas, no Brasil e no exterior.
- Autores declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição que ora submetem ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores declaram que não há conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade dos trabalhos científico apresentados ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não- exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).