Farmácia Verde na Escola: uma proposta extensiva para abordagem do descarte de medicamentos com estudantes do ensino fundamental
Farmácia Verde na Escola: an extension university project developed with elementary school students aimed to discuss the disposal of unused medicine.
Palavras-chave:
meio ambiente, educação, Extensão universitária, SaúdeResumo
O desenvolvimento de formulações farmacêuticas configura em avanço e transformação das atividades de assistência à saúde estabelecidas na Política Nacional de Medicamentos. Contudo, atrelado a este desenvolvimento, destacam-se as questões ambientais e de saúde pública relacionadas ao descarte inadequado de medicamentos não utilizados. A literatura mostra que a população brasileira descarta este tipo de produto geralmente no vaso sanitário e no lixo comum, gerando impactos ambientais em solos e corpos d’água. Neste sentido, o desenvolvimento de atividades educativas que abordem o tema em diferentes níveis sociais, educacionais e culturais são essenciais para o desenvolvimento sustentável, uma demanda mundial estabelecida pela Organização das Nações Unidas. O projeto de extensão Farmácia Verde na Escola, da Universidade de Brasília, visa a promoção de educação ambiental para estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF), empregando como recurso didático uma peça teatral com fantoches. Este artigo descreve um relato de experiência da ação teatral realizada com 50 crianças com idades entre 9 e 10 anos do 4º ano do ensino fundamental da Escola Classe 01 de Taguatinga-DF. O descarte de resíduos e de medicamentos foi abordado através da apresentação teatral, uma atividade lúdica produzida com linguagem apropriada ao público infantil. As atividades realizadas após as ações permitiram observar e concluir que as crianças internalizaram as formas corretas de descartar medicamentos e resíduos. Conclui-se que metodologias de ensino diferentes do modelo tradicional da sala de aula podem ser ferramentas interessantes para abordar temas complexos, tais como o descarte de medicamentos, com estudantes do ensino fundamental. Atividades lúdicas como as apresentadas neste estudo são ferramentas interessantes de ensino e que podem facilitar o processo de aprendizagem, seja pela introdução de novos conceitos ou pela fixação de conteúdos já trabalhados em sala de aula e/ou vivenciados no ambiente familiar.
Downloads
Referências
ALENCAR, T. D. O. S.; MACHADO, C. S. R.; COSTA, S. C. C.; ALENCAR, B. R. Descarte de medicamentos: uma análise da prática no Programa Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 19, n. 7, p. 2157-2166, 07 2014.
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2022. Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/cmed/anuario-estatistico-2022. Acesso em 22 de janeiro de 2024.
BANDEIRA, E. de O.; ABREU, D. P. G.; DE LIMA, J. P.; DA COSTA, C. F. S.; COSTA, A. R.; MARTINS, N. F. F. Medicine disposal: a socio-enviromental and health issue / Descarte de medicamentos: uma questão socioambiental e de saúde. Revista de Pesquisa, Cuidado é Fundamental, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 1–10, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de medicamentos 2001/Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
BRASIL, Ministério da Saúde, PORTARIA Nº 3.916, DE 30 DE OUTUBRO DE 1998. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêu-tica e Insumos Estratégicos. Cartilha para a promoção do uso racional de medicamentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêu-tica e Insumos Estratégicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015
BRASIL, Ministério Da Saúde, Agência Nacional De Vigilância Sanitária, RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 BRASIL, Decreto Nº 10.388, de 5 de junho de 2020.
CONSTANTINO, V. M.; FREGONESI, B. M.; TONANI, K. A. D. A.; ZAGUI, G. S. et al. Estoque e descarte de medicamentos no domicílio: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, 25, n. 2, p. 585-594, 02 2020.
FERNANDES, M. R.; FIGUEIREDO, R. C. D.; SILVA, L. G. R. D.; ROCHA, R. S.; et al. Storage and disposal of expired medicines in home pharmacies: emerging public health problems. Einstein (São Paulo), 18, p. eAO5066, 2020.
MONTAGNER, C. C. et al. Ten Years-Snapshot of the Occurrence of Emerging Contaminants in Drinking, Surface and Ground Waters and Wastewaters from São Paulo State, Brazil. Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 30, n. 3, p. 614–632, mar. 2019.
ONU, Organização das Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvi-mento Sustentável, 2015. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/91863-agenda-2030-para-o-desenvolvimento-sustent%C3%A1vel Acesso em 06 de novembro de. 2023
SCHWINGEL D., SOUZA J, SIMONETTI E, et al. Farmácia caseira x uso racional de medicamentos. Rev. Cad. Pedagógico [internet], 12(3):117-130, 2015. Disponível em: http://www.univates.br/revistas/index.php/cadped/article/view/973/961» Acesso em 25 de janeiro de 2024.
SILVA, J. P.; MORGADO, F. Discharge of in-disuse medications by Itapetininga population, São Paulo State, Brazil. Ambiente & Sociedade, v. 25, p. e00402, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Participação
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
A Participação adota a Licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY 4.0) em todos os trabalhos publicados, de tal forma que são permitidos não só o acesso e download gratuitos, como também o compartilhamento, desde que sem fins lucrativos e reconhecida a autoria.
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade. No entanto, a revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos(às) autores(as), quando necessário.
