Aplicação do DesviUFPE para descarte das primeiras águas de chuva viabilizando o uso para fins potáveis em residências populares no semiárido pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n34.2023.28Palavras-chave:
qualidade da água, cisterna, água da chuva, sustentabilidade, inovaçãoResumo
Devido ao aumento da demanda, a gestão da água torna-se cada vez mais desafiadora, sobretudo em centros urbanos de regiões áridas e semiáridas. O uso de água de chuva para fins potáveis é uma medida de adaptação às mudanças climáticas para construir cidades mais resilientes. O descarte do primeiro milímetro da chuva para separação das primeiras águas é uma técnica que favorece o enquadramento da água da chuva para fins potáveis. Esta pesquisa objetivou avaliar a qualidade da água da chuva armazenada em reservatórios domiciliares que utiliza o sistema de captação e tratamento DesviUFPE para descarte automático das primeiras águas, e a adequação da água armazenada aos padrões de potabilidade para fins de abastecimento humano, em conjuntos habitacionais populares urbanos no semiárido de Pernambuco, Brasil. Para tanto, foram realizadas coletas em 24 residências. O estudo durou 12 meses e abrangeu períodos de chuva e seca da região. Foram analisados os parâmetros: turbidez, dureza, alcalinidade, cloretos, condutividade elétrica, salinidade, coliformes totais e Escherichia coli. Para todas as residências foi necessário realizar simples desinfecção da água armazenada. Dessa forma, a utilização do sistema DesviUFPE em conjunto com a desinfecção por cloração mostrou-se uma solução eficaz para tornar a água da chuva potável e apropriada para consumo humano.
Downloads
Referências
ABU-ZREIG et al. Assessment of rooftop rainwater harvesting in northern Jordan, Physics and Chemistry of the Earth, Parts A/B/C, Volume 114, 2019.
ALVARES, Clayton Alcarde et al. Koppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, jan. 2014.
ALVES, Fellipe et al. Water quality and microbial diversity in cisterns from semiarid areas in Brazil. Journal of Water and Health, v. 12, n. 3, p. 513-525, jan. 2014.
APAC - Boletins Pluviométricos anteriores. Disponível em:< http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia/boletins_pluviometricos_old.php>.
APHA, AWWA & WEF (2017) “Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater.”, Clesceri, L. S.; Greenberg, A.E.;. Eaton A.D., 20th, Washington-USA.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS: Instalação predial de água fria. NBR 5626. 1 ed. Rio de Janeiro, 1998. 41 p.
Brasil. CONAMA. 2005. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/ res05/res35705.pdf>.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021. Altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, 29 p. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-888-de-4-de-maio-de-2021-318461562. PDF.
BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimentos para desinfecção da caixa d’água. Brasília, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/procedimentos_desinfeccao_caixa_dagua_2014.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para o consumo. Brasília, 2006. 212 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_controle_qualidade_agua.pdf.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. 12 de março de 2019. Água para todos. Disponível em <https://antigo.mdr.gov.br/dadosabertos/317-secretaria-nacional-de-programas-urbanos/agua-para-todos/6076-agua-para-todos>
BRITO, Luíza Teixeira Lima et al. Subterrânea: disponibilidade hídrica subterrânea. Disponibilidade hídrica subterrânea. 2021. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/bioma-caatinga/agua/subterranea.
CARVALHO, José Roberto Santo de et al. A PVC-pipe device as a sanitary barrier for improving rainwater quality for drinking purposes in the Brazilian semiarid region. Journal of Water and Health. [Recife], p. 391-402. fev. 2018.
HAGEMANN, Sabrina Elicker et al. Variação da qualidade da água de chuva com a precipitação: aplicação à cidade de Santa Maria- RS. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre, v. 21, n. 3, p. 525-536, set. 2016.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO de GEOGRAFIA e ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.
MELO, Roseli Freire de et al. Caracterização da qualidade de água de poços em barragens subterrâneas no semiárido da Bahia. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS, 3., 2018, João Pessoa. Anais. João Pessoa: Pdvagro, 2018. p. 1-6. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/192095/1/Andreson-2.pdf.
OLIVEIRA, Clélia Nobre de. et al. Avaliação e identificação de parâmetros importantes para a qualidade de corpos d’água no semiárido baiano. Estudo de caso: Bacia hidrográfica do Rio Salitre. Quim. Nova, Salvador, v. 33, n. 5, p. 1059-1066, abr. 2010.
Pluvi – Soluções Ambientais Inteligentes. História. 2021. Disponível em: < https://www.pluviambiental.com.br/hist%C3%B3ria>
RUFINO, Iana et al. Water Resources and urban planning: the case of a coastal area in Brazil, Journal of Urban and Environmental Engineering, v.3, n.1, p.31-42, jun. 2009.
SANTOS, Sylvana Melo dos et al. Integrating conventional and green roofs for mitigating thermal discomfort and water scarcity in urban areas. Journal of Cleaner Production. p. 639-648. jan. 2019.
SENEVIRATHNA, S. T. M. L. D., RAMZAN, S., & MORGAN, J. (2019). A sustainable and fully automated process to treat stored rainwater to meet drinking water quality guidelines. Process Safety and Environmental Protection. Disponível em: < https://doi.org/10.1016/j.psep.2019.08.005
SILVA, Selma Thais Bruno da. et al. Comportamento de dispositivos de desvio das primeiras águas de chuva como barreiras sanitárias para proteção de cisternas. Águas Subterrâneas, v. 31, n. 2, p. 1-11, jan. 2017.
VASCONCELOS, Mickaelon Belchior et al. Aplicação da condutividade elétrica da água nos estudos hidrogeológicos da região Nordeste do Brasil. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 23., 2019, Foz do Iguaçu. Anais. Foz do Iguaçu: Abrh, 2019. 10 p. Disponível em: https://rigeo.cprm.gov.br/bitstream/doc/21644/1/aplicacao_da_condutividade_eletrica.pdf.
WHO (World Health Organization). Water, Sanitation and Health Team. Guidelines for drinking-water quality. Vol. 1, Recommendations, 4rd ed. World Health Organization. 2010 Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/42852.
ZHANG, Dan et al. Electrical conductivity and dissolved oxygen as predictors of nitrate concentrations in shallow groundwater in Erhai Lake region. Science of The Total Environment, v. 802, 1 jan. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Paranoá
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).