Análise cienciométrica de estudos sobre ilhas de calor urbanas com uso de sensoriamento remoto de 2000 a 2020

Autores

  • Estefane da Silva Lopes Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade, Faculdade de Artes Visuais/Arquitetura e Urbanismo https://orcid.org/0000-0002-1527-2960
  • Karla Emanuela Ribeiro Horta Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil e Ambiental, Programas de Pós Graduação Projeto e Cidade e Ciências Ambientais https://orcid.org/0000-0002-4410-3728
  • Marcus André Siqueira Campos Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil e Ambiental, Programa de Pós Graduação em Estruturas, Geotecnia e Construção Civil https://orcid.org/0000-0002-2499-9897

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n33.2022.10

Palavras-chave:

Temperatura de Superfície, Ilhas de Calor Urbanas, Sensoriamento Remoto, Revisão Sistemática de literatura

Resumo

No período recente, as mudanças climáticas globais verificadas pelo aumento da temperatura decorrente de ações antrópicas é uma das principais problemáticas ambientais. Em se tratando do aumento de temperatura entre áreas urbanas e rurais, numa escala local ou regional, os estudos tendem a avaliar o fenômeno das ilhas de calor. Compreender a importância do estudo das ilhas de calor urbanas, suas principais investigações e ocorrências podem contribuir para análise do fenômeno nos países de urbanização tardia. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar , por meio de uma análise cienciométrica, o estado da arte das pesquisas de ilha de calor entre os anos de 2000 a 2020.  A partir das definições iniciais, obteve-se uma triagem de 169 artigos. Para esse universo foi avaliada toda a produção científica; incluindo país, ano, autores, instituições, palavras-chave, jornal (fator de impacto), clima, população e área geográfica. A metodologia empregada permite afirmar que o número de publicações relacionadas a ilhas de calor urbanas tem aumentado constantemente desde 2000. O país que mais se destacou foi a China, responsável por cerca de 40% do total dos artigos sobre ilhas de calor urbanas. Chinese Academy of Sciences e Nanjing University, foram as duas Universidades da China em que mais publicaram artigos sobre ilhas de calor urbanas. A modelagem continua sendo o principal método, e o uso de ferramentas de sensoriamento remoto vem cada vez mais tomando destaque.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Estefane da Silva Lopes, Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade, Faculdade de Artes Visuais/Arquitetura e Urbanismo

Possui graduação em Engenharia Civil desde (2014), Pós-graduada em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura -FABEC (2018). Pós-graduada em Construção Civil pela Universidade Federal de Goiás (2020). Mestre pela Universidade Federal de Goiás, no Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade da Faculdade de Artes Visuais/Arquitetura e Urbanismo (2021), na linha de pesquisa Processos e Tecnologias de Projeto e Planejamento Urbano, atuando na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em adequação ambiental, principalmente nos seguintes temas: metodologia de pesquisa, revisão sistemática de literatura, sensoriamento remoto, conforto ambiental em áreas urbanas, impacto da vegetação e do adensamento nos microclimas urbanos, cidades e mudanças climáticas.

Karla Emanuela Ribeiro Horta, Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil e Ambiental, Programas de Pós Graduação Projeto e Cidade e Ciências Ambientais

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Goiás - UCG (2001), mestrado em Geografia pelo Instituto de Estudos Socioambiental da Universidade Federal de Goiás - IESA/UFG (2003) e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná - MADE / UFPR(2009). É professora Associado, lotada na Escola de Engenharia Civil e Ambiental, da Universidade Federal de Goiás (EECA/UFG). Tem experiência na área de Planejamento Urbano e Ambiental, Políticas Públicas de Gênero e Desenvolvimento Rural. Desenvolve pesquisas sobre: Sustentabilidade urbana-ambiental na RMG; Agricultura Urbana e Periurbana, Gênero e Desenvolvimento rural; Questões fundiárias. Atuou em funções de direção e técnica na administração pública municipal nas áreas de: planejamento urbano ambiental e saneamento ambiental. Exerceu a função de Diretora de Políticas para Mulheres do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário (10/2012-03/2015). É docente nos Programas de Pós Graduação Projeto e Cidade (PROCIDADES/FAV/UFG) e Ciências Ambientais (PPGCIAMB/UFG). Atualmente, exerce a função de Diretora da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA) da UFG para o mandato de 2019-2023. 

Marcus André Siqueira Campos, Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil e Ambiental, Programa de Pós Graduação em Estruturas, Geotecnia e Construção Civil

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2002), mestrado em Construção Civil pela Universidade Federal de São Carlos (2004) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (2012). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Instalações Prediais, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas prediais, água pluvial, aproveitamento de água pluvial, aproveitamento de água pluvial e conservação de água.

Referências

Amorim M.C.C.T., Dubreuil V., Quenol H., Sant’anna Neto J.L., “Características das ilhas de calor urbanas em cidades de porte médio: exemplos de Presidente Prudente (Brasil) e Rennes (França)”, Revista Confins (Paris), v. 7, p. 1-16, 2009

AMORIM, Margarete Cristiane de Costa Trindade. Spatial variability and intensity frequency of surface heat island in a Brazilian city with continental tropical climate through remote sensing. Remote Sensing Applications: Society and Environment, v. 9, p. 10–16, 2020.

ARNFIELD, A.J. 2003. Two decades of urban climate research: a review of turbulence, exchanges of energy and water, and the Urban Heat Island. Int. J. Climatol. 23: 1–26. doi:10.1002/joc.859.

BOOTH, A. Systematic reviews of health information services and systems. Health Information and Libraries Journal 2001, 18, 60–3.

BUDHIRAJA, B.; PATHAK, P.; AGRAWAL, G. Spatio-temporal variability of urban heat islands in local climate zones of Delhi-NCR. In: REMOTE SENSING TECHNOLOGIES AND APPLICATIONS IN URBAN ENVIRONMENTS, 4 out. 2017, Warsaw, Poland. Anais. Warsaw, Poland: SPIE, 4 out. 2017. p. 37. Disponívelem: <https://www.spiedigitallibrary.org/conference-proceedings-ofspie/10431/2280253/Spatio-temporal-variability-of-urban-heat-islands-in-local-climate/10.1117/12.2280253.full>. Acesso em: 11 maio 2019.

CHEN Z., HAO X., ZHANG X.. ,Have traffic restrictions improved air quality? A shock from COVID-19. Journal of Cleaner Production. 2020.

Liu, Z., Yin, Y., Liu, W., and Dunford, M. 2014. Visualizing the intellectual structure and evolution of innovation systems research: a bibliometric analysis. Scientometrics, 103(1): 135–158. doi:10.1007/s11192-014-1517-y.

Grant, M. J. The role of reflection in the library and information sector: a systematic review. Health Information and Libraries Journal 2007, 24, 155–66.

HU, L.; BRUNSELL, N. A. The impact of temporal aggregation of land surface temperature data for surface urban heat island (SUHI) monitoring. Remote Sensing of Environment, v. 134, p. 162–174, jul. 2013.

HUANG, Weijiao; LI, Jun; GUO, Qiaoying; et al. A Satellite-Derived Climatological Analysis of Urban Heat Island over Shanghai during 2000–2013. Remote Sensing, v. 9, n. 7, p. 641, 2017.

Hung, T.; Uchihama, D.; Ochi, S. & Yasuoka, Y. (2006).Assessment with satellite data of the urban heat island effects in Asian mega cities, International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation, 8, pp. 34-38.

IMHOFF , M.L; ZHANG, P. ; WOLFE, R.E. Detección remota del efecto urbano de las islas de calor en biomas en los EE. UU. Continentals. Remote Sensing, 2009.

Liu, Z., Yin, Y., Liu, W., and Dunford, M. 2014. Visualizing the intellectual structure and evolution of innovation systems research: a bibliometric analysis. Scientometrics, 103(1): 135–158. doi:10.1007/s11192-014-1517-y.

LUAN, X.; Yu, Z.; ZHANG, Y.; WEI, S.; MIAO, X.; HUANG, Z.Y.X; TENG, S. N.; XU, C. Remote Sensing and Social Sensing Data Reveal Scale-Dependent and System-Specific Strengths of Urban Heat Island Determinants, Remote Sensing, v. 12, n. 3, p. 391, 2020.

LOMBARDO, Magda Adelaide. A ilha de calor nas Metrópoles: o exemplo de São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1985.

MENG, Qingyan; ZHANG, Linlin; SUN, Zhenhui; et al. Characterizing spatial and temporal trends of surface urban heat island effect in an urban main built-up area: A 12-year case study in Beijing, China. Remote Sensing of Environment, v. 204, p. 826–837, 2018.

OKE, T. R. Boundary layer climates. 2 nd ed. London and New York: Routledge. 1987.

PERILLO, P. J. L.; CAMPOS, M. A. S.; ABREU-HARBICH, L. V. DE. Conforto térmico em salas de aula: revisão sistemática da literatura. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, v. 8, n. 4, p. 236–248, 31 dez. 2017.

Patz, J.A., Campbell-Lendrum, D., Holloway, T., and Foley, J.A. 2005. Impact of regional climate change on human health. Nature, 438(7066): 310–317. doi: 10.1038/nature04188. PMID:16292302.

Peng, S., Piao, S., Ciais, P., Friedlingstein, P., Ottle, C., Breon, F.-M., Nan, H., et al. 2012. Surface Urban Heat Island Across 419 Global Big Cities. Environ. Sci. Technol. 46(2): 696–703. doi:10.1021/es2030438. PMID:22142232.

NGUYEN, T. T. Landsat time-series images-based urban heat island analysis: The effects of changes in vegetation and built-up land on land surface temperature in summer in the hanoi metropolitan area, Vietnam. Environment and Natural Resources Journal, v. 18, n. 2, p. 177–190, 2020.

RAJAGOPALAN, Priyadarsini; LIM, Kee Chuan; JAMEI, Elmira. Urban heat island and wind flow characteristics of a tropical city. Solar Energy, v. 107, p. 159–170, 2014.

Santamouris, M. 2015. Regulating the damaged thermostat of the cities—Status, impacts and mitigation challenges. Energy Build. 91: 43–56. doi:10.1016/j. enbuild.2015.01.027.

SUN, Hao; CHEN, Yunhao; ZHAN, Wenfeng. Comparing surface- and canopy-layer urban heat islands over Beijing using MODIS data. International Journal of Remote Sensing, v. 36, n. 21, p. 5448–5465, 2015.

WANG, Z F, The Relationship Between Land Use, Land Cover Change, And The Heat Island Effect In Xi’an City, China, Applied Ecology and Environmental Research, v. 17, n. 4, 2019.

Wienert, U., and Kuttler, W. 2005. The dependence of the urban heat island intensity on latitude — A statistical approach. Meteorol. Z. 14(5): 677–686. doi:10.1127/0941-2948/2005/0069.

ZHA, Y., GAO, J. e NI, S. (2003). Uso de diferença normalizada índice incorporado no mapeamento automático de áreas urbanas Imagens da TM. Jornal Internacional de Sensoriamento Remoto, 24 (3), 583–594.

Downloads

Publicado

20-12-2022

Como Citar

da Silva Lopes, E., Emanuela Ribeiro Horta, K., & Campos, M. A. S. (2022). Análise cienciométrica de estudos sobre ilhas de calor urbanas com uso de sensoriamento remoto de 2000 a 2020. Paranoá, 15(33), 1–20. https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n33.2022.10

Edição

Seção

Tecnologia, Ambiente e Sustentabilidade

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.