Análise das áreas de vegetação e da temperatura de superfície de Jundiaí – SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n36.2023.01

Palavras-chave:

clima urbano, vegetação urbana, uso do solo, sensoriamento remoto, plano diretor

Resumo

Diante das tendências de crescimento da população urbana no Brasil e no mundo, da aceleração de processos de urbanização, e da realidade climática, torna-se necessário debater sobre como reverter ou mitigar os impactos negativos provenientes do desenvolvimento urbano, os quais são potencializados pelo planejamento inadequado. A supressão de vegetação pode ser determinante na elevação da temperatura do ar na cidade e acarretar problemas que ameaçam o bem-estar da população. Este trabalho tem como objetivo compreender a relação entre a presença de vegetação e a temperatura de superfície de Jundiaí-SP. Foram utilizadas técnicas de sensoriamento remoto para conceber mapas de uso e ocupação do solo e de temperatura de superfície do município. Verificou-se que a temperatura média de superfície das áreas com vegetação densa foi 4,56°C mais baixa do que a temperatura média de superfície das áreas urbanizadas no verão do ano de 2020. Os pontos com as temperaturas mais elevadas do município associam-se à presença de galpões industriais ou comerciais. As áreas de vegetação adjacentes a esses pontos apresentaram temperaturas até 18°C mais baixas no verão. Destaca-se a importância de elaborar e regulamentar ferramentas, em esfera municipal, que promovam com maior intensidade a arborização de áreas urbanas.

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Biografia do Autor

Corine Armagne Rosenberger, Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná (2019), especialização em Planejamento Urbano e Gestão Ambiental de Cidades pela Universidade Castelo Branco (2020) e especialização em Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística pela Universidade de Brasília (2021). Atua como tutora de pós-graduação da Faculdade Unyleya, na disciplina de Acessibilidade e Mobilidade Urbana. Tem interesse por pesquisas relacionadas à urbanismo sustentável, clima urbano e resiliência urbana.

Daniela Rocha Werneck, Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Viçosa (2007) e mestrado pela Universidade de Brasília. Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília na linha de pesquisa sustentabilidade, qualidade e eficiência do ambiente construído. Atuou como professora substituta na graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (2021), nas disciplinas de Projeto de Edifícios em Altura e Projeto Paisagístico 2. Desenvolve pesquisas na área de clima urbano e arquitetura bioclimática com ênfase na forma urbana e vegetação. Pesquisadora vinculada ao Laboratório de Sustentabilidade Aplicada à Arquitetura e ao Urbanismo da FAU-UnB (LASUS).

Caio Molena, Centro Universitário Padre Anchieta

Possui graduação em Engenharia Eletrônica (2015) e graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária (2021) pelo Centro Universitário Padre Anchieta. Experiência como analista ambiental na indústria química, atuando nas áreas de gerenciamento de licenças ambientais, sistemas de gestão ambiental (SGA), legislação ambiental e saúde e segurança do trabalho. Atua também como analista de geoprocessamento no Projeto Olhos da Serra em Jundiaí - SP, auxiliando na elaboração de relatórios e pesquisas relacionadas a análise de dados geoespaciais, com foco na conservação de florestas. Atualmente é conselheiro suplente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) do município de Jundiaí pelo Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada (COATI).

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Publicado

22-09-2023

Como Citar

Armagne Rosenberger, C., Rocha Werneck, D., & Molena, C. (2023). Análise das áreas de vegetação e da temperatura de superfície de Jundiaí – SP. Paranoá, 16(36), 1–21. https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n36.2023.01

Edição

Seção

Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística

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