O ecossistema urbano da ocupação Santa Luzia
Análise dos impactos por técnicas de geoprocessamento e proposição de Soluções baseadas na Natureza
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n26.2020.15Palavras-chave:
Águas Urbanas; Poluição Difusa; Biodiversidade Urbana; Microbacia Hidrográfica; Serviços Ecossistêmicos.Resumo
A ocupação informal Santa Luzia, nas proximidades do Parque Nacional de Brasília, está inserida na microbacia hidrográfica da cabeceira do Córrego Cabeceira do Acampamento, a qual define seu Ecossistema Urbano. O Governo do Distrito Federal busca realocar a população ocupante da região com proposta de projeto de habitação social linear com 3,2 km de extensão como medida mitigatória, pressionado pelo Ministério Público do DF e Territórios que acusa o aumento de impactos ambientais na região. A fim de defender a manutenção da população no local foi realizado um inventário ecológico simplificado com dados espaciais acerca de aspectos sócio-econômico-ambientais da microbacia hidrográfica e foram indicadas melhorias segundo as Soluções Baseadas na Natureza. O mapeamento incluiu análises tipo NDVI; Tipo de Solos; Relevo; Declividade; Risco de perda do solo por erosão, Risco de contaminação; Tipos de vegetação; e Grau de impermeabilização do solo. O resultado do inventário demonstrou que o impacto ambiental gerado pela ocupação é menor que as áreas adjacentes, sendo um cenário positivo incluir a população no processo de regeneração com pequenas adequações e alterações, principalmente sensíveis à água baseadas na visão dos serviços ecossistêmicos ao tratamento de efluentes em nível paisagístico de tratamento; de fonte de recurso, adequação vegetação.
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