Neo-Tokyo: Distopia Urbana e Cidades Genéricas

Autores

  • Bruno Souto de Azambuja FAU-UnB

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n24.2019.09

Palavras-chave:

Akira, Tóquio, Distopia, Cidades Genéricas, Identidade

Resumo

Em Akira (1988) temos uma representação da cidade de Tóquio (neste caso Neo Tokyo) que serve de valioso documento histórico no que diz respeito ao imaginário relativo às transformações pelas quais a cultura, tecnologia e as cidades japonesas passaram durante a segunda metade do século XX. Por lidar com reflexões relativas ao caldeirão do pensamento sócio-econômico-cultural das megacidades asiáticas, a película dialoga com as reflexões de Rem Koolhaas acerca da formação e características das “Cidades Genéricas”, expostas em S,M,L,XL, de 1995. A perda da identidade das grandes cidades asiáticas é discutida neste artigo traçando-se um paralelo entre os textos de Koolhaas e a visão de Katsuhiro Otomo, roteirista e diretor do longa. A primeira parte deste artigo trata da importância de Akira na formulação de um imaginário contemporâneo relativo à cidade de Tóquio, bem como da capacidade que esta obra tem ao capturar e representar questões relativas ao Japão urbano do período. Na segunda parte há um breve comentário sobre a cultura e sociedade japonesas deste período. A cidade de Neo Tokyo, em si, é o objeto da terceira parte, sendo esta distopia comparada em diversos aspectos à utopia apresentada por Kenzo Tange em 1961, em seu plano para a ocupação da Baía de Tóquio. Também nesta terceira parte são observados mais detalhadamente os aspectos que aproximam a representação distópica da mega metrópole asiática àqueles explorados por Koolhaas. Na quarta e última parte, há um comentário final sobre as razões pelas quais o cyberpunk japonês tem tanto apelo ao público ocidental e sua capacidade de síntese e expressão dos problemas enfrentados pelas grandes cidades asiáticas.

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Referências

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Publicado

08-03-2020

Como Citar

Souto de Azambuja, B. (2020). Neo-Tokyo: Distopia Urbana e Cidades Genéricas. Paranoá, 12(24), 95–108. https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n24.2019.09

Edição

Seção

Teoria, História e Crítica

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