El centro en disputa, el trabajo de calle y la ciudad para las mujeres negras en Salvador/BA
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n33.2022.12Palabras clave:
proyectos urbanos, hacer-ciudad, Salvador, mujeres negrasResumen
Este artículo tiene como objetivo resaltar algunas de las disputas entre trabajadoras de la calle, en su mayoría mujeres negras, y el poder público - municipal - en la vida cotidiana de la ciudad de Salvador, revelando ciudades en disputa, a partir de las prácticas de estos diferentes agentes. Esta discusión está anclada en la investigación desarrollada en la disertación de maestría, articulando empírico y teórico, a través de una investigación de campo realizada en la zona centro de Salvador. La ocupación de las calles y otros espacios públicos, así como la permanencia de los trabajadores de la calle en estos espacios, es una de las razones de la actuación del ayuntamiento, que en muchos casos actúa con un trato violento, procedente de la "rapa". de inspecciones y aprehensiones de productos. Sumado a esto, las intervenciones y proyectos urbanísticos, reforzando las disputas entre estos agentes, y, para los trabajadores, es motivo de amenaza, miedo a perder el punto de trabajo, y permanencia en las calles del centro. Finalmente, se entiende que las acciones realizadas por la ciudad, ya sea mediante inspección y/o intervención, conllevan intereses económicos, involucrando acuerdos con el sector privado, actuando a través de una política de “antinegritud” y “despojo”. Con el discurso de ordenar, saca y reubica a los trabajadores de sus territorios, evidenciando un centro en disputa.
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