90 anos de solidão
a ausência de sensibilidades latino-americanas no debate sobre a autonomia arquitetônica
DOI:
https://doi.org/10.18830/1679-09442024v17e47929Palavras-chave:
Solidão cultural, Solidão urbana, Solidão latino-americana, Crítica arquitetônica culturalmente cega, Autonomia arquitetônica, Autonomia urbanaResumo
Este artigo desvia a atenção das relações “Sul-Sul” para a ausência de relações “Sul-Sul” em um capítulo culturalmente cego da crítica arquitetônica. Centra-se no debate do pós-guerra sobre a autonomia arquitetônica, cuja redução disciplinar, especialmente nos Estados Unidos, impediu uma interpretação urbana de uma autonomia culturalmente sensível. Argumenta-se que a crítica arquitetônica dogmática do século XX e o discurso pós-crítico do século XXI não conseguiram reconhecer que existem sensibilidades críticas diferentes das abordagens eurocêntricas e norte-americanas noutras regiões, como a América Latina. O artigo estrutura-se em quatro seções: um breve histórico da autonomia arquitetônica; sua redução disciplinar; sua dimensão cultural negligenciada; e seu potencial urbano. O objetivo é destacar a cegueira cultural dos discursos arquitetônicos críticos e pós-críticos através de uma teoria sensível às solidões culturais e urbanas, baseada em uma revisão das interpretações interdisciplinares do termo autonomia.
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