A dimensão humana da sustentabilidade
DOI:
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n19.2017.08Palavras-chave:
Arquitetura sustentável, Dimensão humana, Humanização do espaço, Sustentabilidade, Bem-estarResumo
O progresso a qualquer custo tem negligenciado o ser humano, causando danos à saúde física, emocional e ao meio ambiente. A Arquitetura Sustentável, em busca de sanar estes prejuízos, é a nova tendência que mobiliza arquitetos, engenheiros e construtores, que atentam para o fenômeno do aquecimento global e para os benefícios econômicos trazidos pelas certificações energéticas. Porém, as práticas contemporâneas recorrem no mesmo equívoco das da segunda metade do século XIX, na cidade projetada para a máquina: esquecem a dimensão humana. Se a Arquitetura é capaz de produzir deleite, perplexidade e reverência, capaz de moldar a ordem cultural, emoldurar o bem-estar, contribuir para a saúde e felicidade, desempenha grande papel na rotina mais irrisória. As soluções de sustentabilidade, contrariamente, têm-se limitado analiticamente à adoção de novas tecnologias que por si só não conferem o bem-estar humano e, em muitos casos, nem ao menos o ar puro. É necessária uma ampla reflexão filosófica, sociológica, psicológica e holística embutida no fazer arquitetônico a fim de propiciar a sustentabilidade do planeta e a plenitude humana. Considerando, além da escassez material em que vivemos, a Arquitetura Sustentável deve mirar a miséria psicológica em que fomos imersos. Deve reconciliar o homem com a natureza, e por sua vez, a Arquitetura com a humanidade.
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