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Arquitetura e Museus
Vol. 13 Núm. 25 (2024)O espaço seria o conjunto indissociável de sistemas de objetos, naturais ou fabricados, e de sistemas de ações, deliberadas ou não. A cada época, novos objetos e novas ações vêm juntar-se às outras, modificando o todo, tanto formal quanto substancialmente. (Milton Santos, Técnica, Espaço, Tempo, 2008, p. 46). A museologia, enquanto campo de conhecimento, se propõe a contribuir para compreensão da sociedade a partir de um olhar específico que contempla as relações entre seres, objetos e realidades. O campo de estudos e pesquisas se expande a cada dia com os aportes de reflexões descentradas dos antigos cânones, suscitando uma reconsideração dos agentes envolvidos nas diferentes etapas dos processos de musealização. De acordo com Brulon (2018), musealizar um objeto significa muda-lo de lugar, seja simbólico ou físico, e reapresenta-lo em uma nova forma que potencialize os seus sentidos. Os lugares e, portanto, a arquitetura são elementos incontornáveis para a discussão da museologia, não podendo ser considerados somente como os envoltórios físicos de uma instituição museológica. Por consequência, a realidade investigada passa a contar com objetos materiais e imateriais, a considerar seres humanos e não-humanos e também a examinar ambiências e paisagens.
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Museologias, Coleções e Arqueologias
Vol. 12 Núm. 24 (2023)A relação entre Arqueologia e Museologia é de longa data, tendo sido os museus o palco das primeiras pesquisas arqueológicas. Essa trajetória nos legou coleções e instituições marcadas pela colonialidade, bem como uma estratigrafia de abandono da Arqueologia no âmbito das instituições museológicas. Da mesma forma, evidenciam-se descompassos na legislação patrimonial. Não obstante, na contemporaneidade observa-se a ampliação significativa das abordagens museológico-curatoriais dessas coleções, bem como das reflexões acadêmicas. Emergem desse esgarçamento, ao mesmo tempo epistêmico e aplicado, desafios e descompassos a serem equacionados.
Os processos de musealização de coleções arqueológicas deslocam e enquadram materialidades por meio de rotinas de classificação, normatização e conservação, apresentando-as ao público a partir de discursos expositivos e educativos, compondo um campo específico de estudo e intervenção. No compasso desses processos observa-se a emergência de questionamentos éticos, políticos e epistêmicos de tais enquadramentos, bem como de práticas que têm evidenciado um movimento em direção à interdisciplinaridade e à interculturalidade no tratamento dos acervos.
O Dossiê integra reflexões sobre as novas éticas, teorias e práticas museológicas no tratamento de coleções arqueológicas, custodiadas ou não em museus e instituições de guarda. Em especial, centenas de pesquisas realizadas no âmbito do licenciamento de empreendimentos diversos têm trazido desafios de monta e diversos estudos no âmbito da Musealização da Arqueologia, os quais interessam a esse dossiê. Da mesma forma, a musealização de sítios arqueológicos, em suas dimensões curatoriais, colaborativas e educativas, compõe o campo da proposta. Os trânsitos, diásporas e êxodos das coleções de seus territórios e coletivos, bem como as novas políticas de restituição e repatriação, também estão no cerne do debate proposto.
Prof.ª Dra. Camila A. de Moraes Wichers (UFG)
Prof. Dr. Diego Lemos Ribeiro (UFPEL)
Prof.ª Dra. Maria Cristina Oliveira Bruno (USP)
Organizadoras/es do Dossiê
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Perspectivas de Documentação Museológica: competências, formações, experiências e reflexões
Vol. 11 Núm. Especial (2022) -
Museu e Patrimônio das culturas afrodiaspóricas
Vol. 11 Núm. 22 (2022)O presente Dossiê tem como objetivo reunir artigos multidisciplinares que reflitam os processos de musealização e patrimonialização de culturas negras. Ao causar estranheza, os corpos e objetos de origem africana sempre tiveram lugar nos acervos de colecionadores europeus, dando ideia da existência “dos outros”. Transferidos posteriormente para os museus, eles foram classificados como exóticos e bizarros colaborando com a pavimentação de uma história humana hierarquizada e que ajudou a justificar o colonialismo, o escravismo e o racismo. Assim, os bens patrimoniais de origem africana e de sua diáspora forçada foram apagados, invisibilizados e reduzidos a uma ressignificação da escravização que teve como auge a miscigenação e a construção do “mito da democracia racial” brasileira. Mas nas últimas décadas, por conta da força do movimento social negro cobrando o cumprimento dos marcos legais internacionais antirracistas, as ações afirmativas alteraram esse panorama forçando a releitura da representação e apresentação de objetos afro-brasileiros nas instituições museológicas de cunho tradicional e, por outro lado registrando o surgimento de diversificadas experimentações museológicas que se detêm “na utilização do poder da memória, do patrimônio e do museu a favor das comunidades populares, dos povos indígenas, negros e quilombolas e dos movimentos sociais” (Chagas e Gouveia,2014:17). Portanto este Dossiê pretende unir pesquisadores em torno do papel da preservação da memória e do patrimônio das culturas negras como estratégia política de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial.
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Dossiê: Museus e Museologia LGBT+
Vol. 11 Núm. 21 (2022)Na última década, paradigmas identitários dissidentes passaram a questionar a matriz heterossexual hegemônica nos museus e no debate museológico. Neste cenário, valendo-se da sigla vigente no escopo das políticas públicas brasileiras, emerge uma Museologia LGBT, então interessada na superação das fobias à diversidade sexual no campo em que se aplica. Com a afirmação, problematização e análise das múltiplas identidades existentes por de trás da sigla LGBT, amplia-se o debate sobre a memória, patrimônio, salvaguarda e sentidos da manutenção de suas referências materiais e simbólicas. Assim, novas abordagens teóricas relacionadas a políticas públicas, direitos humanos, teoria Queer e interseccionalidade (gênero, identidade de gênero, orientação sexual, cor/raça e classe), bem como práticas inovadoras expressas na criação de museus com perfil específico, estudos de musealização de acervos representativos da comunidade LGBT, releituras de acervos musealizados, promoção de memórias marginalizadas, agremiações intelectuais em rede, entre outras possibilidades, demonstram a potencialidade e os limites do tema e sua ampla diversidade de atuação. Neste sentido, o presente dossiê pretende reunir autorias interessadas neste debate, de modo a ilustrar e aprofundar um pensamento crítico sobre a relação entre museus, Museologia e população LGBT.
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Inclusão em Museus e Diversidade: entre conceitos e práticas.
Vol. 10 Núm. 20 (2021)A organização do Dossiê “INCLUSÃO EM MUSEUS e DIVERSIDADE: CONCEITOS, POLITICAS E PRÁTICAS” tem como objetivo levar aos leitores o conhecimento sobre as políticas públicas voltadas para segmentos notadamente invisibilizados na sociedade brasileira, assim como estimular a reflexão sobre as concepções que devem fundamentar as ações e programas de caráter inclusivo nos museus e instituições culturais com foco na Educação e Comunicação para a valorização da diversidade.
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Museologia e Cultura digital
Vol. 10 Núm. Especial (2021)A proposta do Dossiê Museologia e Cultura Digital é reunir pesquisas, análises sobre o uso, desenvolvimento, história e aplicação do virtual e das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) em espaços culturais e museológicos. São pertinentes temas e discussões sobre: o virtual, o digital, e a hiperconexão em rede e interfaces com museus e patrimônio, a acessibilidade e usabilidade propondo reflexões sobre subjetividades, sociabilidades e relações de poder nesses espaços.
A intenção é disponibilizar um panorama sobre as formas e possibilidades de uso desses recursos para o enriquecimento dos espaços de cultura, bem como discutir as implicações e consequências desse uso em termos de sustentabilidade e recepção dessas experiências, elucidando as condições materiais e contextos sociais em que essas tecnologias são produzidas e aplicadas. Além disso, busca-se entender como elas estão afetando os saberes, os usos e as práticas em ambientes museais e de vivência do patrimônio, on-line ou off-line.
Serão bem-vindas as investigações com explorações teóricas, críticas e empíricas, agregando trabalhos em campos de estudos como das humanidades digitais, ciências da informação, história e crítica da arte, filologia com abordagens e discussões que atrelem o uso das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC) aos seus impactos sociais por meio de perspectivas da teoria crítica e pós- colonialista, em contextos globais e regionais. Acolheremos ainda questões relativas à democratização e regulamentação deste campo e, mais especificamente, à s transformações que podem ocorrer nos processos museológicos e na interação com a sociedade, inclusive diante dos desafios contemporâneos que impõem repensar práticas e conhecimentos. Poderão ser descritas pesquisas sobre o virtual, o digital, a videoarte, a arte digital, o vídeo mapping, digitalização de acervos, estudos e práticas em Realidade Virtual, Realidade Aumentada ou games, Inteligência Artificial, tratamento e preservação de acervos nato digitais, exposições imersivas em ambientes 2D e 3D, virtualização do patrimônio cultural, experiências de curadoria compartilhada on-line, museus digitais, plataformas digitais para divulgação e preservação cultural, desenvolvimento de apps e outros produtos característicos do uso das tecnologias digitais da informação e comunicação nos espaços culturais, assim como temas atrelados a Big Data, hiperexpansão da memória e outras experiências digitais do patrimônio como os cibermuseus ou museus digitais, ativismo digital, diáspora digital etc. Entendemos que, assim, o dossiê acolherá reflexões e problematizações epistemológicas, transdisciplinares, na interface entre Museologia e Cultura Digital.
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Acervos museológicos em ambiente digital
Vol. 10 Núm. Especial (2021)Observa-se que no Brasil, nos últimos anos, novas possibilidades tecnológicas auxiliaram não somente na divulgação das instituições museais, mas também em atividades técnicas como conservação e documentação/representação da informação, permitindo a difusão de conteúdos importantes, científicos, artísticos, históricos e culturais, de diversos países.
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Protagonismo indígena y museo: enfoques y metodologías / Museos, museología y literatura: representaciones del mundo y técnicas narrativas.
Vol. 10 Núm. 19 (2021)Protagonismo indígena y museo: enfoques y metodologías
El dossier tiene como objetivo reunir artículos en los que el rol indígena
en el museo es el punto fundamental a difundir, podemos decir, se da la
participación de grupos o comunidades, con los indígenas como actores
activos en el proceso de curaduría. La propuesta gira en torno a las relaciones entre pueblos indígenas y museos,
considerando enfoques revisionistas y poscoloniales decoloniales, posicionando
el protagonismo indígena en los procesos museísticos contemporáneos como un
derecho a la musealización. Es de interés del dossier conocer y difundir ampliamente las acciones curativas
impulsadas por los museos y los profesionales indígenas de manera conjunta,
favoreciendo la autorrepresentación y participación de estos actores en la
elaboración de discursos museísticos y elaboraciones reflexivas. Para una mejor comprensión, se considera curaduría todas las acciones en torno
al objeto museológico: formación de colecciones, investigación, conservación,
documentación, exhibición y educación. De esta forma se acogerán las aportaciones
de los más diversos comisarios, es decir, profesionales que componen o se integran
en el proceso curatorial en los museos, a saber: investigadores (s) de diferentes
campos, conservadores (es), documentalistas, museólogos, educadores, arquitectos,
diseñadores, etc. Asimismo, se esperan contribuciones de diversas áreas (museología, antropología,
artes, arqueología, psicología, educación, arquitectura, comunicación social y otras)
y tipologías de museos (antropológico / etnológico / etnográfico, artístico, arqueológico,
histórico, científico y tecnológico, de divulgación popular). cultura y folclore, ciudad,
comunidad, etc.). Otro aspecto a considerar son las metodologías adoptadas en curaduría con indígenas,
a considerar: colaboración, investigación acción, curación compartida, recalificación
de colecciones, etnomuseología, etnoarqueología y otros que nos aportan elementos de
discusión sobre interacciones entre indígenas y no indígenas. agentes indígenas en
los trámites curatoriales, las relaciones de poder y la toma de decisiones, considerando
las disputas y conflictos, así como las negociaciones y acuerdos que se establezcan para
alcanzar resultados, que esperamos conocer en los textos presentados. Dando más originalidad a la idea, la propuesta del dossier abarca textos indígenas elaborados
por ellos sobre sus realidades, vivencias, visiones, curadores y gestión museística. Nos inspira
la declaración: “Mi nombre es Inã que significa madre. Soy Kujã [chamán], soy Kaingang. Lo que
significa para nosotros, el libro [publicado con sus artículos], es que nosotros
contamos nuestra historia, nosotros mismos contamos nuestra historia, la forma en
que la decimos, y el libro se escribirá de la forma en que hablamos de nuestra
cultura, de nuestra gente, porque esto es muy importante para nosotros los que
hablamos de nuestra cultura, no son otras personas, lo que está escrito en el
libro es igual, el mismo idioma que hablamos, no es la voz del no indio, es el
indígena voz, es nuestra voz, los indígenas, esto es muy importante para nosotros,
porque no son otras personas las que están contando la historia indígena, en realidad
estamos contando nuestra historia, esto es muy importante para mí, no solo para mí
sino para nuestra gente esto es muy importante y estamos muy orgullosos de hablar
de nosotros mismos. ¡Eso es tan orgulloso! " Dirce Jorge Lipu Pereira, Kaingang, TI Vanuíre, SP, 18 de mayo de 2020.Museos, museología y literatura: representaciones del mundo y técnicas narrativas.
Museos, museología y literatura se entrelazan de diferentes maneras. Las conexiones se remontan a la raíz etimológica de la palabra museo, refiriéndose al Templo de las Musas, muchas de ellas directamente vinculadas a la literatura, y a la raíz mitológica del Museo, hijo del poeta Orfeo, según recuerda Marília Xavier Cury (1999). Pero las relaciones no se limitan a los orígenes clásicos: es probable que se aproximen por su potencial de humanización, sus funciones de representación del mundo y sus encuentros muy concretos en museos literarios y hogares de escritores, instituciones museológicas y obras literarias que tienen mucho que intercambiar.
En el contexto brasileño, Mário de Souza Chagas enumera una serie de intelectuales de diferentes áreas de la museología que se ocuparon de museos, memoria y colecciones. Entre ellos, poetas como Mário de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Cecília Meirelles y Carlos Drummond de Andrade (CHAGAS, 2015). Si, inspirados por su lista, nos proponemos buscar ejemplos más allá de Brasil, el inventario de autores y obras literarias que abordan museos y temas cercanos a la museología tiende a crecer y diversificarse en términos de géneros literarios. En Argentina, Fernández Macedonio lanzó, en 1975, la novela El Museo del Romance del Eterno; en Francia, Georges Perec escribe la novela The Private Collection en 1979. En un viaje a Portugal, desde 1981, José Saramago nos presenta a un personaje que no solo visita el Museo de Arqueología y Etnología en Lisboa, sino que hace una sugerencia concreta de cómo una pieza en particular de la colección debe estar expuesto.
En los años 2000 y 2010 encontramos nuevos ejemplos. En Japón, Yoko Ogawa lanzó en 2001 el Museo del Silencio, narrado por un museólogo; en Turquía, en 2010, encontramos a Orhan Pamuk, con su Museo de la Inocencia, que es una novela y museo, acompañado de un catálogo; ese mismo año, se hace pública la novela Diez mil guitarras, en la que la escritora francesa Catherine Clément retrata la oficina de curiosidades de Rodolfo I; En 2013, en los Estados Unidos, Donna Tart publicó O Pintassilgo, cuya trama tiene importantes relaciones con la obra homónima ubicada en el Museo Metropolitano de Arte.
¿De qué manera estas y otras representaciones de museos en literatura influyen o reflejan el trabajo de profesionales en el campo y la investigación de museólogos? ¿Qué ecos puede tener la aparición de nuevos museos y las transformaciones del pensamiento museológico en la literatura y los estudios literarios? Puede ver de todo, desde impactos numéricos, como la audiencia en auge en el Museo Frick de Nueva York después de la publicación de la novela de Donna Tart sobre el trabajo O Pintassilgo, que el museo recibió en una exposición itinerante1, hasta conexiones académicas, como el Manifiesto sobre museos, publicado por Orhan Pamuk en la Conferencia General del ICOM en Milán en 2016.
Al invertir la perspectiva, pasamos de estos diversos museos en obras literarias a la presencia de literatura en los museos. Al igual que el museo, la colección y la memoria pueden ser un objeto de interés para los escritores, por lo que también pueden volverse esenciales para ciertas instituciones museológicas. Dentro del alcance del ICOM, el Comité Internacional de Museos Literarios (ICLM) surgió en la década de 1970, reuniendo especialmente a las casas de escritores. En Alemania, se creó la Asociación de Sociedades Literarias y Museos de Literatura (ALG) en 1986; En Francia, después de una serie de eventos y documentos que datan de 1993, la Federación Nacional de Casas de Escritores y Patrimonio Literario nació en 1997. En 2003, se creó el grupo LitHouses de casas y museos literarios británicos. En 2016, se forma la Red de Museos Literarios en Brasil. Todas estas organizaciones son activas, con reuniones periódicas que generan publicaciones sobre los temas de los hogares de escritores y museos literarios, además de reflexionar, a veces, sobre la presencia de literatura en museos no literarios, como los museos históricos y de arte.
La reflexión sobre cómo representamos la literatura en nuestros museos conduce a un tercer punto de interés en este dossier temático: la narrativa museológica. Muchos estudios en el campo de la Museología usan el término narrativa y tratan la posibilidad de componer discursos, perspectivas críticas o incluso tramas usando objetos, textos complementarios y varios recursos expográficos. Sin embargo, por lo que hemos podido investigar, todavía no ha habido muchas teorizaciones al respecto. En su Diccionario de términos literarios, Massaud Moisés (1982) indica que "la narración consiste en el relato de eventos o hechos, y por lo tanto involucra acción, movimiento y el paso del tiempo". Esto es para usar una definición muy sucinta, entre la vasta bibliografía que discute la narrativa en el medio literario. ¿Es este concepto de narración el mismo que el utilizado en nuestra práctica y teoría en los museos? ¿Cómo pueden los museólogos estudiar los procedimientos narrativos de la literatura y aportarles nuevas ideas y perspectivas? ¿Cómo puede la museología enriquecer los análisis críticos en torno a la literatura? -
Museus, Museologia, Comunicação, Recepção
Vol. 9 Núm. Especial (2020)Este número especial da Revista Museologia e Interdisciplinaridade ”“ Museus, Museologia, Comunicação, Recepção - celebra a essência do Museu como instancia comunicacional absoluta, fenômeno que se configura simultaneamente em processo e como produto muito especial das interfaces entre o humano e o real, ou suas diferentes “dobras”, a que chamamos realidades. É um tema que permanece atual, considerando a avassaladora presença das mídias ”“ especialmente as mídias digitais - em nosso cotidiano e sua influencia na cultura do presente. É importante lembrar sempre onde e como se colocam os museus, na Atualidade; e como vêm-se adaptando à s novas linguagens comunicacionais. Museus se conectam com todos os tempos e espaços, mas é no hoje que se comunicam: o uso de linguagens atualizadas (incluindo a linguagem do marketing) é fundamental para que suas narrativas possam verdadeiramente impactar as sociedades do presente.
A teoria nos ensina que o Museu é um fenômeno social, de profundo significado educativo: em suas formas instituídas, quaisquer que sejam, museus atuam de forma dinâmica, não apenas no estudo e conservação da cultura em todos os tempos e espaços, mas também propiciando novos conhecimentos e experiências de vida que contribuem, de modo positivo, para o desenvolvimento humano e o bem estar social. E o fazem oferecendo experiências vivenciais de observação, estudo e experimentação dos processos e produtos da natureza e da ação humana em toda a sua trajetória. Nesse contexto ocupam lugar especial os museus universitários, que dão a conhecer os modos e formas pelos quais se constrói o saber formal sobre as coisas do mundo e as coisas “das gentes”; e desenvolvem experiências de compartilhamento democrático do saber formal, onde o conhecimento acadêmico é interpretado nas suas interfaces com o conhecimento informal de todos os grupos sociais.
Como dispositivos comunicacionais plenos, museus permitem uma ampla conexão com todos os planos perceptuais e com as diferentes dimensões da razão e dos sentidos. Essa comunicação se dá especialmente através das exposições. Entende-se aqui a exposição como o produto de um ato de criação coletiva, que reúne as percepções de mundo de todos aqueles que, de alguma forma, foram e são responsáveis pela sua realização: toda exposição oferece um recorte de mundo que possibilita a cada individuo uma experiência transformadora. Os graus de transformação irão variar, dependendo da experiência imersiva de cada pessoa no espaço da exposição.
Do ponto de vista da recepção, toda exposição é um objeto semiótico, polivalente, e configura um texto a ser reconhecido e percebido como “entidade comunicacional” ”“ um mecanismo que precisa ser atualizado por um destinatário, através de um processo interpretativo. O texto expositivo captura os sentidos e provoca alguma forma de “leitura”, a partir de dispositivos combinatórios próprios a cada experiência. Toda exposição se articula assim como espaço de linguagem, que se dirige a indivíduos reais, e não a entidades teóricas designadas como “publico alvo”, “visitante”, ou “publico geral”. Empreender a análise sistemática de audiências constitui, portanto, um movimento necessário para o desenvolvimento de uma museologia dialógica (ou dialogal), isto é, uma experiência comunicacional ”“ já que o diálogo é a matriz e a essência mesma da comunicação.
T. Scheiner, dezembro de 2020
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Musealización de la performatividad en colecciones públicas y privadas
Vol. 9 Núm. 18 (2020)Se sabe que la intención, la adquisición y los procesos contextuales-temporales en una colección configuran lo que podemos considerar musealización- acción/ acto/gesto en tránsito/movimiento, retroalimentado por trayectorias de objetos y narrativas en una relación indispensable con el sujeto que los observa y resignifica. Si la condición narrativa sobre la existencia de los objetos está sujeta a la inmaterialidad, la performatividad es el elemento central para la comprensión de las intenciones y de los procesos que envuelven agentes y agencias: museos, patrimonios, colecciones, grupos sociales, individuos. La performatividad está asociada a la sobrevivencia, aquello que da continuidad, que perpetúa, que permanece, que es vestigial; un metalenguaje, como una locución que articula los sentidos y las narrativas sobre algo, aquello que transmuta, que se configura como punto de conexión entre genealogías y temporalidades. En este sentido, la propuesta de este dosier es contemplar reflexiones sobre la performatividad al encuentro de las prácticas museológicas e museales y de las colecciones, y viceversa. Para eso, el dosier vislumbra textos que presentan la musealización de la performatividad frente a las artes visuales, a los saberes tradicionales, a la danza, al teatro, a la música, a las artes escénicas, y que puedan tambien discurrir sobre escenificación, ritual, corporeidad.De esta manera se sugieren como ejes temáticos: (1) Historias de las políticas de preservación inmaterial; (2) La noción de performatividad en colecciones públicas y privadas de artes visuales, saberes tradicionales, danza, artes escénicas y música; (3) Relaciones entre performance, ritual y corporeidad y sus transformaciones, (4) La musealización de la performatividad de las obras/de la colección en los procesos museales y museológicos.
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Museus e Museologia: aportes teóricos na contemporaneidade
Vol. 9 Núm. 17 (2020)Tiriyó-Kaxuyana beadwork ”“ Acervo do Memorial dos Povos Indígenas (MPI) ”“ Brasília/DF
Foto: Daderot
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Museus e Educação: História e Perspectivas Transnacionais
Vol. 8 Núm. 16 (2019)Foto: Mão de Rosella Andreassi - Autor: Giorgio Calabrese - Università degli Studi del Molise Local: Museo della Scuola e dell’Educazione popolare - Campobasso Data: 23/05/2017 Evento: "Vite maestre tra libri, registri e quaderni. La dimensione locale della ricerca e il patrimonio storico educativo" -
Dossiê: Cinema, museu e patrimônio
Vol. 8 Núm. 15 (2019)Organizadores: José Quental (Doutorando em Cinema Université Paris 8/Cinemateca do MAM) e Alda Heizer (JBRJ)
Capa: Claudia Andujar, Gisele Motta e Leandro Lima, Yano-a, 2005, instalação (detalhe).
Acervo da Pinacoteca de São Paulo.
Foto: E.Dionisio, 2016.
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Os Museus e o Mar
Vol. 7 Núm. 14 (2018)Mercedes Lachmann, Área de Emergência, 2014, instalação - casco de barco de madeira sobre banco de areia. I Mostra Rio Esculturas Monumentais, Praça Paris, Glória, RJ.
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Vol. 7 Núm. 13 (2018)
Ida Hannemann de Campos,
Voltando da feira 2, série Transeuntes, 1964
Coleção da Artista
Foto: E.Dionisio
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Vol. 6 Núm. 12 (2017)
Henrique de Oliveira
Transarquitetônica, 2014, instalação (detalhe)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Foto: E.Dionisio
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Vol. 5 Núm. 9 (2017)
Laura Lima e José Barattino
Comida, 2012
Encontros de arte e gastronomia, MAM - SP
Foto: Edouard Fraipont
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Vol. 4 Núm. 8 (2015)
Elida Tessler
Você me dá a sua palavra?, 2004-2013, instalação
Foto: Carlos Stein
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Vol. 4 Núm. 7 (2015)
Ana Ruas
Plano B
Intervenção no Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul, 2014.
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Vol. 3 Núm. 6 (2014)
Jac Leirner
Cantos, 2014, níveis de precisão sobre parede
foto:Museo Tamayo, México.
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Vol. 2 Núm. 3 (2013)
Corpos Informáticos
Encerando a chuva, 2012
Pirangy, RN.
foto: Bia Medeiros
performer: Maria Eugênia Matricardi