Raça e racismo como conceitos jurídicos de resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistainsurgncia.v10i1.51527

Palavras-chave:

Raça, Racismo, Resistência, Linguagem jurídica, performatividade

Resumo

A proposta deste verbete é a de pensar os termos raça e racismo como conceitos jurídicos, mas, mais do que isto, como termos de resistência dentro do Direito. Para tanto, utiliza dos sentidos produzidos por intelectuais negras/os ao longo da história que ressignificaram a noção de raça – e, ao seu lado, deram também sentido à noção de racismo – deslocando-a de uma descrição biológica para uma significação de processos, práticas, condutas, construções e discursos sociais a respeito dos sujeitos e grupos e que cria “status” e “lugares sociais” em uma dinâmica social de hierarquia e hegemonia branca. O objetivo é utilizar a linguagem jurídica a partir de uma noção de que ela é performativa e que, assim, ela exige compromissos éticos em seu uso e esse compromisso inclui, aqui, usar os conceitos produzidos pelo e dentro do(s) movimento(s) negro(s) conceituação para possibilitar a elaboração dos conceitos jurídicos que sejam conceitos e instrumentos de resistência.

Biografia do Autor

Camilla Magalhães Gomes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Doutora em Direito, Estado e Constituição (UnB). Professora Adjunta de Direito Penal e Criminologia da Faculdade Nacional de Direito - Universidade Federal do Rio de Janeiro (FND/UFRJ). Co-líder do Corpografias - Grupo de Pesquisa e Extensão em Gênero, Raça e Direito.

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Publicado

31.01.2024

Como Citar

MAGALHÃES GOMES, Camilla. Raça e racismo como conceitos jurídicos de resistência. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, v. 10, n. 1, p. 697–708, 2024. DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v10i1.51527. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/51527. Acesso em: 24 nov. 2024.

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