“Implicações parvas”
a diplomacia brasileira nos escritos de Lima Barreto
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhh.v13i29.57059Palavras-chave:
Lima Barreto; Barão do Rio Branco; diplomacia; política externa brasileiraResumo
A história da política externa do Brasil é extensivamente estudada por meio de fontes oficiais, em especial documentos do Ministério das Relações Exteriores, de modo que a produção historiográfica tende a reproduzir o discurso oficial da chancelaria brasileira. A proposta deste artigo é analisar as opiniões acerca da atuação exterior do Brasil nos escritos do autor carioca Afonso Henriques de Lima Barreto, com ênfase em suas crônicas. Diplomatas são personagens constantemente retratados na obra desse escritor e costumam ser representados como sujeitos que conferem preeminência à forma, em detrimento do conteúdo. Lima Barreto foi contemporâneo do Barão do Rio Branco e sustenta postura crítica em relação à gestão desse diplomata à frente do Itamaraty, mesmo após a morte do chanceler, e de seus sucessores. O estudo dos escritos de Lima Barreto, cuja produção coincide, em parte, com um período da política externa brasileira capitaneado por Rio Branco e considerado como áureo pela historiografia correspondente, confere olhar de época que escapa à oficialidade das fontes comumente analisadas pelos pesquisadores.
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