Corpos, tempo, literatura e história em O som do rugido da onça (2021) de Micheliny Verunschk e Huaco Retrato (2022) de Gabriela Wiener
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhh.v12i23.52735Palavras-chave:
Literatura latino-americana, reparação histórica, genocídio ameríndioResumo
Este ensaio tem por objetivo analisar os romances O som do rugido da onça (2021), de Micheliny Verunschk, e Huaco retrato (2022), de Gabriela Wiener, no que diz respeito à sua mobilização da imagem de crianças indígenas enquanto alegorias de uma história impossível de ser narrada. Tratando do legado de dois viajantes-exploradores europeus do século XIX — Carl Phillip von Martius e Charles Wiener —, ambas as novelas tensionam as possibilidades de representação do genocídio indígena pelas vias tradicionais das ciências humanas e buscam formas de reparação pela via da ficção. Para tanto, analiso as duas obras através do prisma das proposições teóricas dos campo pós e decolonial, assim como com a proposta de fabulação crítica de Saidiya Hartman.
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