Democracia, consenso e representação
notas sobre a construção da esfera pública em Jacques Rancière e seu contraste com a democracia consensual
DOI :
https://doi.org/10.26512/rfmc.v12i1.53418Mots-clés :
Democracia. Consenso. Esfera-pública. RancièreRésumé
O cerceamento do debate político por meio de imposições consensuais tem gerado uma esfera pública empobrecida, na qual as vozes divergentes são silenciadas ou subjugadas em nome da legitimidade do consentimento entre as partes. Além disso, a ênfase excessiva na representação política como a única forma legítima de participação democrática tem contribuído para o enfraquecimento da comunidade, uma vez que a representação tende a privilegiar certos interesses e grupos dominantes, silenciando as vozes dos cidadãos comuns. Com isso, um dos problemas que abordaremos é se a esfera pública contemporânea ainda existe em um cenário democrático restrito por imposições consensuais e de representação. Logo, ao examinar as teses de Jacques Rancière acerca da constituição da esfera pública e a partir de sua crítica ao conceito de consenso, as considerações de nosso artigo procuram identificar os limites e as implicações que afetam a comunidade democrática contemporânea.
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