Octávio Paz, Martin Heidegger e a Poesia
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v10i1.47767Palavras-chave:
Filosofia. Poesia. Linguagem. Palavra. Ser.Resumo
Este artigo visa propor algumas conexões entre as concepções de poesia do poeta mexicano Octavio Paz e do filósofo alemão Martin Heidegger. Ambos vislumbram na poesia o elemento de reconhecimento da própria condição originária do ente humano, não como uma interpretação, mas como uma percepção e afetamento da realidade existenciária dos entes humanos. De modo que o acontecimento do "dizer poético" configura-se num chamado à possibilidade de vislumbrar o ser de cada ente, habitar a si mesmo e, assim, aprender a ser com os outros, estabelecendo o campo poético como a clareira da percepção e do afetamento existenciário. A fala poética ultrapassa os limites da linguagem, criando e estabelecendo significados e representações aos afetamentos que a poesia proporciona. Assim, pela poesia o homem se reconhece na sua mundanidade, em busca do seu próprio ser e, na sua relação com os outros entes.
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Referências
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